sábado, 26 de agosto de 2017

Joice Hasselmann e Regina Sousa

    Um debate entre elas pegava bem. Se eu fosse presidente de um sindicato de jornalistas pediria uma mesa redonda entre elas para discussão da liberdade de expressão, de imprensa, direito de imagem, etc. Todos nós deveríamos discutir estas questões. O que está mais em jogo é a liberdade de Imprensa e o direito de imagem. São questões de ponderação jurídica de tipo alexyano. É por isso que está havendo esta polêmica toda e muitas pessoas estão se interessando por elas na INTERNET. Regina quis mexer num ponto muito sensível do Estado Democrático de Direito. Para a Imprensa Brasileira foi bom que o tribunal tenha decidido da forma que decidiu. O direito de Imprensa falou mais alto. Benjamin Franklin ainda está sendo ouvido. Isto é bom, pois este grande homem dizia abertamente que a imprensa é o cálice sagrado do Estado de Direito.                                  
     Mas esta minha mensagem não quer dizer que eu esteja contra a Senadora ou a favor da jornalista. Sou quase absolutamente indiferente em relação a questões pessoais relativas a ambas. Estamos juridicamente entre dois princípios jusfilosóficos e, as pessoalidades, se tornam insignificantes, pois o que os tribunais julgam em tais é, antes de tudo, a colisão entre princípios. Eu não diria que a Senadora perdeu a causa. Os princípios que ela argumentou colidiram com um princípio que, no caso concreto, era muito mais forte. Sócrates bebeu a cicuta e, a Senadora, só um remédio amargo. 

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