sábado, 18 de junho de 2016

A situação política e a corrida presidencial

Dilma assumiu no dia 1º de janeiro de 2015. A CF88 diz:
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Estaremos, até o dia 1º de janeiro de 2017, na hipótese do Art. 81. Logo, se Temer renunciar antes desta data, teremos que fazer eleição direta. Se Temer perceber que dois terços do Senado não votam a favor do Impeachment, ou os trabalhos da Comissão Especial não terminem em tempo hábil, ele poderá inviabilizar o retorno de Dilma, simplesmente renunciando. Mas neste caso, corre o risco de Lula se candidatar e ganhar a eleição, pois, nestas horas, como sempre, o Povo só se lembra do “benfeitor” que fez a última gastança. Se a justiça condenar o Lula, neste caso ele não poderá se candidatar. Dentro deste panorama político, Lula deveria, para manter sua possível candidatura em pé, tentar atrasar ao máximo a sua possível condenação. Se o Impeachment não afastar Dilma, ela passará a ser a candidata natural do PT, caso Lula seja condenado. E não seria uma candidata fraca não, pois, poderia posar de vítima. O melhor panorama para Temer seria o afastamento definitivo de Dilma via Impeachment, pois, via TSE, seria um verdadeiro desastre para ele, salvo se o mesmo fosse inocentado. Não é uma situação política muito confortável para Temer, esta que ele está vivendo, com a suspeição levantada pela delação de Machado. E o pior de tudo, é que o machado usa o princípio de funcionamento da cunha da forma mais letal possível, usando a energia cinética do movimento, associada à mortal pressão gerada pela navalha. Só um bode é capaz de enfrentar isso. Temer precisa, urgentemente, de um vistoso bode. Mas tal bode não pode ser do PMDB.

sábado, 11 de junho de 2016

Uma bomba de Roberto Jefferson

11/06/2016
Vingança do PT contra Temer inclui Dilma 
Diz "Veja" que o ex-tesoureiro  João Vaccari, há mais de um ano preso, fará delação; aos 57 anos, sabe que, se não falar, pode morrer na cadeia. Alertado, o PT entrou em pânico e correu a Curitiba. O mensageiro, porém, voltou aliviado, ao saber de Vaccari que "a explosão será controlada". "Veja" conta que o homem do "pixuleco" focará apenas em Dilma e Temer apontando desvios na campanha de 2014. Nessa versão, o PT será poupado dos detalhes sórdidos, e ferrará mais um pouco com o Brasil. Um pormenor: precisa combinar com os russos, isto é, o juiz Moro. 
Postado por Roberto Jefferson às 12:12 [http://www.blogdojefferson.com/mostranoticia.aspx?codNoticia=27196].

Como advogado experiente, Jefferson sabe que é difícil fazer delação premiada controlada, direcionada. Há anos Moro está nesta tarefa, na qual dorme e sonha todos os dias. Nenhum detalhe lhe escapa. Já ouviu centenas de pessoas. De qualquer coisa verdadeira e controlada que Vaccari lhe conte, imediatamente Moro fará dezenas de conexões com outros fatos. E deles surgirão novas perguntas, acerca das quais Vaccari dificilmente terá uma explicação controlada. Definitivamente, não dá certo este tipo de estratégia. 

domingo, 5 de junho de 2016

Alí

Semana passada, Ali foi sagrado em Cancun o "Rei do Boxe". Entendemos que ele merece este título não só pelos golpes que deu e recebeu no ringue, mas principalmente pelos golpes que deu e recebeu nas lutas contra o racismo e o imperialismo. 

Mohamed Alí: Rey del Boxeo
Ali é acompanhado, em Cuba, de Fidel Castro e George Stevenson

Ele é um ponto de máximo na história da Diáspora Africana, e as ações afirmativas, em tudo, devem a ele. Já estão tentando transformar em lenda alguns fatos reais que ele protagonizou, tais como a medalha olímpica ganha em Roma que ele jogou no rio e a frase "... nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?", quando se recusou a servir na guerra do Vietnã e condenado por isto a cinco 5 anos de prisão (correndo o risco de sofrer coisa pior!). É grande não só pelo que dizem dele mas, principalmente, pelo que ainda têm medo de dizer dele. É o maior dos lutadores, e o grande herói da paz. Trechos finais da coroação podem ser vistos no video http://blogs.estadao.com.br/wilson-baldini/muhammad-ali-e-coroado-rei-do-boxe/.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br