terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Reitor do IFPI

O MOMENTO ATUAL. Escrevi no início da atual administração do IFPI que, dadas as circunstâncias políticas, e exemplos históricos a serem abolidos, seria conveniente evitar confrontos. Nem mesmo sei se alguém da administração me ouviu (provavelmente não!), mas o fato é que graças aos bons fluidos que sopraram em boas direções e sentidos, o que eu profetizava, aconteceu. Nenhuma ofensa pessoal explícita, nenhuma ação na justiça devido a crimes contra a honra. Nada de centralismos políticos e administrativos exagerados.
 
Qual a vantagem de confrontos onde a conjunção das forças caminha em direção às ofensas pessoais e consequentes ações judiciais para todos os lados? Quem resiste a uma ação judicial sem sofrer muito? Os experientes advogados, em uníssono, dizem que ninguém. E se um administrador racional lida diariamente com um "mundão" de colisões de vontades reais, por qual motivo iria querer criar as colisões artificiais?
 
Ontem vi o Reitor visitar o Campus Teresina Central com o estado de espírito que os bons administradores devem ter. A estratégia de evitar confrontos foi amplamente exitosa. O Reitor e sua equipe, nestas condições, poderão se concentrar no confronto com os problemas reais que afligem a própria comunidade: ensino, pesquisa e extensão.
 
A REELEIÇÃO. A essência primeira, o lado filosófico da reeleição, eu ainda me lembro muito bem: o administrador deixaria o cargo sem a vontade mórbida de permanecer, tal como ocorre há anos nos EUA, onde o presidente sai para jamais retornar, e dentro de um espírito republicano. Amanhã mesmo, um grande número de colegas irá viajar para Parnaíba para prestar depoimentos relacionados a conflitos que uma simples diminuição de vaidade poderia ter evitado. Ninguém mais do que eu quis, para o Reitor anterior do IFPI, a tranquilidade de espírito (e também do corpo!) que convém a qualquer administrador público. Espero o mesmo para o que atualmente nos governa.
 
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Delúbio Soares, tal como ele é.


Delúbio Soares (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/01/1400116-condenados-no-mensalao-delubio-e-lamas-comecam-a-trabalhar.shtml).

Delúbio Soares, sindicalista e professor de matemática, em seu novo visual.
Nunca houve no Brasil professor de matemática tão midiático em tão curto espaço de tempo.
Em longo prazo, só perde para Malba Tahan.

sábado, 18 de janeiro de 2014

O IFPI, São João do Piauí e os Paes Landim

Na semana passada acompanhei o meu "irmão de filosofia" João Bosco de Sousa Almeida até a Reitoria do IFPI, onde o mesmo foi dar ciência de uma intimação da Polícia Federal (ainda, o desdobramento do já famoso caso João Bosco versus Reitor do IFPI, ocorrido durante a última greve nacional dos docentes federais). Lá chegando, a primeira pessoa que vi foi o Deputado Federal Paes Landim, o qual estava na poltrona esperando ser atendido pelo Reitor. Tive, no momento, a impressão de que ele estava dormindo aquela soneca de alguns minutos (e até segundos), nas quais algumas pessoas conseguem até sonhar. Em questão de segundos, após esta percepção que tive, uma senhora que o acompanhava disse para o mesmo que a vez deles serem atendidos já havia chegado. E entraram no gabinete do Reitor.

 Foto do Deputado PAES LANDIM
Deputado Federal Paes Landim
Em mais de vinte anos, foi a primeira vez que vi o deputado no "Campus Teresina Central". Eu já havia visto outros deputados, muitas e muitas vezes! Mas o Dep. Paes Landim, não.
Abaixo, transcrevo um requerimento do Senador João Vicente Claudino (Disponível em https://www.google.com.br/#q=paes+landim+quer+ifpi+em+sao+jo%C3%A3o ou  http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getDocumento.asp?t=122207):
 
PROJETO DE LEI DO SENADO Nº        , DE 2013
Denomina Natália Ferreira Paes Landim o campus de São João do Piauí do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Piauí-IFPI.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º - O campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Piauí-IFPI no município de São João do Piauí passa a ser denominado “Campus Natália Ferreira Paes Landim”.
Art. 2 º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Em 2008, a Lei nº 11.892 instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais, que são fruto do reordenamento e da expansão da chamada Rede Federal de Educação Profissional que existia até então.
O Estado do Piauí passou a contar com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Piauí-IFPI, que nos últimos anos passou por um amplo processo de expansão empreendido pelo Governo Federal, contando atualmente com quatorze câmpus em todo o Estado.
A presente proposta objetiva dar ao campus de São João do Piauí, inaugurado em dezembro de 2012, o nome de Natália Ferreira Paes Landim.
Dona Natália, como era conhecida, nasceu em São João do Piauí em 06 de agosto de 1917, tendo falecido na mesma cidade em 03 de agosto de 2010. Foi casada com Francisco Antônio Paes Landim Neto, com quem teve 10 filhos.
Embora tenha sempre residido em São João do Piauí, Dona Natália desde muito cedo soube reconhecer a importância da educação para o desenvolvimento pessoal, não medindo esforços para a formação de seus filhos, numa missão a que se dedicou praticamente sozinha, uma vez que ficou viúva desde 1961.
Nesse sentido, devotou toda sua existência ao trabalho a fim de custear a formação de seus filhos. Nunca época em que a cidade de São João do Piauí contava apenas com o ensino no nível do antigo ginásio, enviou seus filhos para estudar em grandes centros como Salvador-BA, Brasília-DF, Rio de Janeiro-RJ e Santos-SP.
Como resultado, seus filhos têm ocupado posições de destaque na elite intelectual do Estado, como o seu primogênito, José Francisco Paes Landim, advogado formada pela antiga Universidade Federal do Brasil no Rio de Janeiro, que foi professor da Universidade de Brasília-UnB e hoje é deputado federal em seu sétimo mandato pelo Piauí.
Seu filho Francisco Antônio Paes Landim Filho graduou-se em direito pela UnB e é doutor pela Universidade de São Paulo-USP, desempenhando atualmente a função de Desembargador do Estado do Piauí. Formaram-se também na UnB seus filhos Murilo Antônio Paes Landim e José do Patrocínio Paes Landim.
Já seu filho Luiz Gonzaga Paes Landim gradou-se em direito em Santos-SP, havendo sido Procurador do Estado do Piauí e ocupando atualmente a função de Superintendente da Sudene.
Único filho a optar pela medicina, Paulo Henrique Paes Landim graduou-se na Universidade Católica de Salvador, tendo exercido por vários anos a medicina no sertão piauiense, bem como o cargo de deputado estadual por cinco mandatos.
Enfim, é inegável que em uma época em que as dificuldades para se alcançar o ensino superior eram ainda maiores, Dona Natália não fraquejou diante dos obstáculos que enfrentou para dar, através da educação, uma formação pessoal e profissional de qualidade a seus filhos.
A chegada do IFPI em São João do Piauí representa um marco para as pessoas da cidade, que poderão, através do ensino tecnológico e superior, atuar como agentes de transformação de suas realidades e da realidade daquela região.
Dessa forma, o exemplo de Dona Natália, que já há muitos anos soube reconhecer o papel transformador que a educação opera sobre as pessoas, é simbólico para que outras mães e jovens daquela cidade possam ser incentivados a se dedicar à formação educacional, como também merecedor da homenagem ora submetida à apreciação desta Casa, razão por que estou certo de que a presente proposta contará com o apoio de meus eminentes Pares para sua aprovação.
Sala das Sessões,          de abril de 2010.
Senador JOÃO VICENTE CLAUDINO

Indo à instituição para tratar de temas ligados a boas obras das quais participaram. É assim que queremos ver os parlamentares, quando forem ao IFPI. Quanto ao esforço que os filhos e correligionários fazem em prol da boa memória de Dona Natália (já se passaram quase 100 anos desde o seu nascimento!), é algo louvável pois, pelo menos no plano da visibilidade, ela foi, em São João do Piauí, um grande exemplo do esforço que se deve fazer em prol do estudo dos filhos. Não conheço os outros dez filhos de Dona Natália, inclusive o deputado federal. Mas conheço muitíssimo bem o Professor Francisco Antônio Paes Landim Filho, o qual foi meu professor em várias disciplinas na UFPI, e alguém com quem eu conversava quase todos os dias, após a segunda aula do turno noturno, antes da chegada da pessoa que vinha buscá-lo (ele não dirigia automóvel!). Se fosse moralmente ético a um servidor público propor homenagem pública a outro servidor com menos de 95 anos de idade, eu escolheria Francisco Antônio Paes Landim Filho.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Teremos Eduardo Campus e/ou Joaquim Barbosa no segundo turno?

Eduardo Campos tem feito milagres em Pernambuco. Lá, por incrível que pareça, haverá unanimidade em torno de sua candidatura. Isto é algo muito raro. Lula jamais conseguiu isto em qualquer estado. Nem mesmo o saudoso Miguel Arraes, avô de Eduardo, conseguiu tal façanha. E para coroar tal feito, Marina Silva acaba de oficializar sua candidatura a vice de Eduardo Campos, o qual já está em segundo lugar nas pesquisas, e com a simpatia de quase todos os outros partidos. Numa eleição para presidente, nenhuma cúpula partidária consegue transferir muito voto se os eleitores e filiados não quiserem. Devido à baixa rejeição de Eduardo e Marina, num provável segundo turno, dificilmente não ganhariam esta eleição.

Mas existe também a caixa surpresas chamada Joaquim Barbosa, o qual pode, simplesmente, acabar com a festa de qualquer um dos que estão no páreo. Dizem Roberto Jefferson e muitos outros gurus, que ele foi o que mais subiu aos olhos do Povo. Por onde passa, o povo faz fila para tirar foto ao lado dele. E tem quase toda a opinião pública a seu lado. E como é muito inteligente e jurista preparado, conhecedor de quase todos os grandes problemas nacionais, não comete deslizes ao falar. Fica calado quando deve e, fala quando necessário. É difícil labutar contra um candidato adversário com tais predicados.