segunda-feira, 9 de junho de 2014

O Metrô e a Copa



O metrô em São Paulo não tem o mesmo peso que possui,  por exemplo, o sistema ferroviário de Nova Iorque. Mas o peso  dele em São Paulo é muito maior do que no resto do Brasil. Sem o metrô, grande parte das atividades ficam debilitadas, inclusive a abertura da Copa 2014. Os metroviários estão lutando a greve da vida deles. Se aguentarem até quarta- feira, dificilmente não sairão vitoriosos. A situação deles é parecida com a dos lixeiros do Rio de Janeiro, que fizeram greve no período de carnaval, e dos jogadores de Camarões (estes, certamente sairão vitoriosos!). O governador Alckmin jogou hoje, pela manhã, a sua cartada final. Perdeu votos e deixou de ganhar outros, pois podia ter feito o que fez usando mais diplomacia no discurso (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2014/06/09/alckmin-ameaca-demitir-grevistas-do-metro-de-sao-paulo-538713.asp). Ficou num tom agressivo e, grande parte do eleitorado, não gosta deste tipo de oratória. Neste caso, por enquanto, quem está bem é Dona Dilma, a qual não se expôs e, portanto, tem mais espaço de ação. O PSDB ficou amarrado pelo discurso de Alckmin.

Imagem vazia padrão
Fonte: http://www.metroviarios.org.br/site/index.php?option=com_content&Itemid=&task=view&id=1841

Haverá assembléia hoje às 13:00 (http://www.metroviarios.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=1837&Itemid=0). Creio que está na hora do consenso se fazer presente. O que o judiciário decidiu não impossibilita um entendimento entre as partes. Acredito que a polícia não é solução, neste momento. Aliás, esta é a parte chata da profissão deles. O governo de São Paulo, que é o mais rico da Nação, pode aproveitar a oportunidade desta assembléia para avançar um pouco mais em direção ao consenso. O que não convém, para um país que neste momento tem a obrigação  de dar exemplo de equilíbrio a um Mundo à beira do precipício, é apresentar a polícia ostensiva e em ação, como solução.