quinta-feira, 5 de junho de 2014

A extradição de Pizzolato

A situação de Henrique Pizzolato é a seguinte:

1. Não quer ser preso no Brasil pois, em caso contrário, não teria fugido. O motivo de não querer, não sabemos se é apenas de caráter pessoal, ou algum tipo de pressão. Nisso há mistério para o público;

2. Hoje, a Justiça Italiana decidirá se ele será ou não extraditado para o Brasil. Pode recorrer para a mais alta corte da Itália e, no final, quem decidirá mesmo é o Executivo de lá, tal como no caso Battisti, aqui no Brasil;

3. O Ministério Público da Itália quer Pizzolato preso no Brasil (http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/04/23/interna_politica,521718/mp-da-italia-quer-extradicao-de-pizzolato-para-o-brasil.shtml). Tendo em conta o fato de que o réu é cidadão italiano, com certeza a legislação de lá estabelece a extradição neste tipo de situação. Se a questão fosse controversa, dificilmente o MP da Itália optaria pela extradição para o Brasil;

4. Pizzolato não quer ser extraditado para o Brasil (http://www.correiodoestado.com.br/noticias/pizzolato-nao-quer-ser-extraditado-para-o-brasil_207258/). Seus defensores dizem até que poderão recorrer de uma decisão desfavorável, hoje dia 5.6.2014.

A Justiça Italiana, obviamente, tem que cumprir a lei no que diz respeito à subsunção e também em relação aos princípios fundamentais (direitos humanos) - fará o tal sopesamento. Em relação à subsunção, tendo em conta a posição do Ministério Público de lá, é muito provável que ele seja extraditado. No que diz respeito aos princípios fundamentais, caso entendam que as cadeias brasileiras sejam cumpridoras dos direitos humanos, deverão extraditá-lo. Infelizmente, para o nosso estado e nós brasileiros, ocorreram coisas horríveis em nossos presídios ultimamente. Isto deve pesar na decisão da Justiça Italiana (sopesamento!). Porém, após a decisão da justiça italiana, poderá ocorrer algo parecido com o que ocorreu no caso Battisti. Eu continuo acreditando que Henrique Pizzolato jamais será presidiário em terras brasileiras. Faço votos para que seus muito dignos familiares, que vivem no sul do Brasil, sofram o menos possível com esta situação (já escrevi sobre isto neste blog! http://pyaugohy.blogspot.com.br/2014/02/inercia-inepta.html).