quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O que Cunha deve fazer? PARTE I

Cunha em forma de prisma
O que deve, não sei. Sei o que pode. Cunha pode fazer muitas coisas pois, como bombril, sempre foi de mil e uma utilidades. E a cada dia, aparecem mais, inclusive no campo da política. Ah! Por falar em política, Cunha, juntamente com o Machado, foram os criadores da política e da organização das sociedades. Sem Cunha o Machado não podia ser habilmente usado pelos homens para matar os bichos malvados e ferozes que sempre gostaram de comer os cidadãos. Com Cunha a Suméria, que já era um lugar maravilhoso, cresceu esplendorosamente, pois Cunha passou a ter uso científico, artístico, filosófico, cultural e comunicacional, criando-se, inclusive, os obrigatórios registros cartorários e a imprensa oficial, via escrita cuneiforme. Para se ter uma idéia do sucesso do programa de aceleração do crescimento de lá, além de centenas de estradas, portos, reforma agrária, cooperativas agrícolas, canais de irrigação, saúde e educação em massa, promulgou-se também o Código do rei Hamurabi. Este, não tinha bolsa família mas, em compensação, estabelecia a restituição de uma carteira nova e o dinheiro do cidadão caso o ladrão não fosse pego pelas polícias do reino. Todo mundo passou a querer ser governado por este rei maravilhoso que protegia os cidadãos das feras de todos os tipos. Tudo isto, graças a Cunha.
Escrita cuneiforme do Código de Hamurabi achada no Irã
Como tudo o que é bom dura pouco, quando Hamurabi estava perto de completar 70 (governou muito tempo mas ainda perdeu para o Fidel Castro), já em seu terceiro mandato, ocorreu uma grande peste de corrupção vinda das entranhas de seu governo e soprada pelos ventos fortes dos pântanos do reino da base aliada. Hamurabi, que antes tinha uma memória invejável, já não se lembrava mais de nada. E aí, a corrupção se alastrou definitivamente. Seus sucessores deixaram ruir o reino de Hamurabi, cuja cunha-mor não era a foice nem o martelo, mas a ética de seu código que a escrita cuneiforme havia esculpido na argila. Outros reis em terras espaço-temporais distantes souberam das maravilhas cuneiformes feitas por Hamurabi e o imitaram, tanto na ética, quanto nos programas de aceleração do crescimento. Mas do outro lado do mar morto existiu um reino de reis excessivamente espertos que tentaram imitar Hamurabi apenas no programa de aceleração do crescimento. Foi um problema danado, pois o dinheiro era desviado para construir canais e propinodutos para o escoamento não só do petróleo, mas também de sal bruto subterrâneo! Se no reino de Hamurabi, Cunha e Machado desenvolveram a sociedade, neste deu-se o contrário. A decisão (otimizada) de eliminar a ética para aumentar a produção, não gerou bons resultados, pois Cunha e Machado se desgarraram. E este passou a cortar a produção, causando recessão, aumentando impostos e diminuindo os salários dos cidadãos. Para se ter uma idéia das dificuldades, até o rei teve que baixar o seu. O programa de aceleração do crescimento acelerou tanto o Machado, que este, conforme foi observado pelos maiores cientistas políticos do reino, desgarrou-se do cabo amassando Cunha e a madeira em volta. E este reino infeliz, agora tem o mais difícil dos problemas ontológicos: conter um Machado acelerado, sem Cunha, sem cabo e sem guia.

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