sábado, 10 de outubro de 2015

"A Coisa tá Russa!"

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  Os EUA gastam em torno de 40% dos gastos mundiais com armamentos. Obviamente, aí devem ser incluídos outros gastos tais como manutenção de tropas no estrangeiro e guerras. Este número não significa que os EUA tenham 40% do poder de fogo. As máquinas de guerra da Rússia e da China são bem menores, mas não seriam muito menos eficientes em uma guerra. Não julgo que a raça humana seria destruída em caso de uma guerra mundial, pois não considero a tecnologia maléfica humana mais poderosa do que a evolução biológica. 
  O problema na Ucrânia está longe de ter sido resolvido. Fora a anexação da Crimeia, que os russos já vêem como "prego batido e ponta virada", e as muitas retaliações por parte dos apoiadores dos EUA, muita água ainda vai rolar debaixo da ponte. A guerra russa na Síria, até certo ponto, é um desdobramento do problema ucraniano. De fato, se a Rússia perder as bases na Síria e o apoio que tem do governo de lá (teve apoio de Hafez e agora, de Bashar), sua frota no mar Mediterrâneo estaria enfraquecida. Com o seu sistema de satélites GLONASS, os russos dizem possuir o controle marítimo de todos os grandes barcos de guerra do Mediterrâneo. Sem a Síria não poderiam ter esta facilidade.
  Os EUA acusam a Rússia de bombardear os seus apoiados que querem derrubar Assad. Tem lógica tal afirmação, pois a Rússia está jogando duro na Síria, bombardeando prá valer, querendo decidir logo a guerra em prol de Assad.  O governo dos EUA já se deu conta de que com o apoio russo o regime de Assad não cai, a menos que os EUA comecem a ampliar a guerra para níveis além de perigosos e fatais. Já falam em rearmar os seus rebeldes, os quais a Rússia estaria bombardeando. Se querem rearmar os mesmos rebeldes, devem agir rápido para tirá-los do fogo pesado russo ou equipá-los com mísseis terra-ar ou, ainda mais perigosamente, protegê-los com sua própria aviação. Em suma, a saída para continuar a guerra poderia criar o atoleiro para os russos e para eles mesmos, encaminhando o mundo para mais uma grande tragédia, além da já consumada na Síria. E quando os aviões começarem a ser derrubados, como é que vai ser resolvida a questão? E para piorar a situação, não temos nenhum diplomata como Kissinger, profundo conhecedor da história das nações. Nos últimos 50 anos, nunca estivemos tão próximos de uma guerra mundial.
  Os russos dizem que falta aos dirigentes americanos uma preocupação maior com a história da Rússia. Até certo ponto eles têm razão e explico: antes da desintegração da URSS havia a guerra fria com a sua polaridade OTAN-PACTO DE VARSÓVIA. Com a desintegração do Pacto de Varsóvia e a hibernação do urso russo, a era Bush criou o mito da hegemonia mundial, como se as armas do Pacto de Varsóvia não tivessem ido para a Rússia e os chineses não estivessem produzindo as suas. 

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