quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Bandeirantismo de Evandro e o Desabrochar das Flores

O seu amor
Reluz
Que nem riqueza
Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo
Bem devagar...
Djavan

Blogueiro não é repórter, pois não tem compromisso apenas com a notícia e a verdade. Blogueiro, quando muito competente, também pode ser repórter, e o Brasil está cheio deles. O repórter dentro de sua atividade, busca saber objetivamente, em relação aos fatos, o que, quem, quando, onde, como e porque. O blogueiro tem um compromisso menos trabalhoso. Mas em compensação, lida muito com a conexão existente entre a verdade objetiva do fato e o seu próprio subjetivismo. Para ele, enquanto, formador de opinião, existe sempre a indagação: para que? O repórter, quando bom, nunca erra. Já o blogueiro, nem sempre. Lança opiniões e análises objetivo-subjetivas dos fatos, as quais, muitas vezes não agradam. Vou dar um exemplo a seguir.

Ontem ao meio dia, num calor danado aqui na cidade de Teresina, ocorreu no salão de entrada do palácio de Karnak o lançamento do 9º Prêmio AMB de Jornalismo, nesta edição, em homenagem a Evandro Cavalcanti Lins e Silva, grande parnaibano do século passado que dispensa comentários (http://pyaugohy.blogspot.com.br/2012/11/lancamento-do-9-premio-amb-de.html). Dizem ter sido um evento, pelo menos em parte, organizado pelo Governo do Piauí, que  se fez representar pelo Secretário Wilson Brandão. Quando lá cheguei estavam cantando o hino do Piauí, mas não eram os lá presentes e sim, a gravação no serviço de som (parece que ninguém canta mais hinos!). Se serviram alguma coisa antes, não sei. A mim, deram água. A comitiva foi almoçar na casa da juíza de Parnaíba Loisima Schiess, a qual é da direção da AMB.

Após os discursos usuais da chamada “prata da casa” falaram alguns membros da comitiva vinda do sul do país. Dentre estes, destaco o discurso de Henrique Nelson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB, o qual foi condecorado com a Comenda da Ordem Estadual do Mérito Renascença, e o de Lucas Lins e Silva, ator e jornalista neto do grande homenageado. Foram dois discursos improvisados, mas muito bem pensados. O de Nelson Calandra com o “pensamento da razão e experiência”, enaltecendo o momento presente do Judiciário Brasileiro e manifestando plena confiança no futuro da magistratura como meio de construção da justiça social. Foi também uma declaração de amor e de respeito pelo Piauí, pois quando se referiu a Evandro e Silva, a mensagem foi mais ou menos a seguinte: Evandro (ele era íntimo, penso!) sai do Piauí e, num novo bandeirantismo, redescobre o Brasil através da busca pela democracia e justiça social. O discurso de Lucas Lins e Silva foi com o “pensamento da emoção e da vivência”. Falou do avô e, de repente, dizendo que não era do ramo jurídico, quase chorando, manifestou preocupação com o Supremo Tribunal Federal – STF, afirmando que gostaria que o avô fosse vivo para poder ajudar o STF.  A impressão que temos é a de que o bandeirantismo de Evandro ainda dará muitos frutos, pois as flores continuam desabrochando e, agora, com pétalas bastante frondosas.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários