Antes de tudo, delação premiada não é, sob o ponto de vista científico, inovação totalmente jurídica. É algo novo, fruto da teoria dos jogos, o famoso Dilema do Prisioneiro, o qual tem no Equilíbrio de Nash, a sua formulação matemática fundamental. É matemática pura e aplicada, independentemente de qualquer coisa. Delatar dentro de uma boa proposta, é o melhor caminho, conforme estabelece o equilíbrio de Nash. A não ser que o réu tenha plena confiança, conjunta, em três coisas:
1) que o sistema judiciário não funciona;
2) que seus comparsas são plenamente solidários, fiéis e respeitadores da desgraça alheia;
3) que ele, o réu, tenha certeza da exclusividade das informações que possui.
No caso da Lava-Jato, nenhuma destas ocorre, quanto mais as três juntas! Alguns implicados até vão gratuitamente para a imprensa dizer que os que tiverem culpa no cartório, que paguem pelos seus pecados. Só falta dizerem: e pelos meus também!
O primeiro que usou um embrião de delação premiada (não delatou ninguém, pois nem existia delação premiada no Brasil. Apenas se comprometeu a falar a verdade, e o fez com muita dignidade, inclusive no Congresso!) foi Silvio Pereira, que aliás, se deu muito bem e hoje continua, como sempre foi, um homem honrado, respeitado dentro e fora de sua família e que, também, parece que está até rico. Delação premiada é matemática aplicada muito bem estabelecida. Não brinquemos com isso. Dizem que neste momento o Cerveró está entregando a campanha do Lula (http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/09/cervero-diz-ao-mp-que-contrato-em-pasadena-rendeu-propina-campanha-de-lula.html).
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