sábado, 5 de outubro de 2013

PT cutuca Marina Silva com vara curta e tiro sai pela culatra

 
Já dizia o velho Pitágoras: os números não mentem, jamais! E os números não são nada animadores para o PT. Vejamos:
 
i. Marina Silva, com quase 30% (trinta por cento) dos votos na última eleição, com absoluta impossibilidade de pelo menos não repetir a façanha;
ii. Eduardo Campos, governador consagrado, herdando o carisma de Miguel Arraes em Pernambuco, com espalhamento por todo o Nordeste. Tem tudo para retirar mais 10% de votos. E até aqui, somam 40%.
iii. Chico Buarque, que tudo fez para fazer política sem se envolver diretamente, agora vai ter que beber no cálice sagrado se não quiser apenas ver a banda passar. Ora, ele é o autor da banda e, nesta eleição ele será a própria banda;
iii. Aécio Neves, o neto de Tancredo, e agora ex-governador com boa aprovação em seu estado (o segundo maior colégio eleitoral), dificilmente não despontará como o candidato das "Minas Gerais" de votos. Num segundo turno, esperar que o PSDB faça coligação com o PT, está completamente fora de cogitação, pois isto significaria a dissolução do partido. Aliás, de ambos!
iv. Os vários governadores do PSB mostrando fortíssima coesão em torno do partido.
 
Ocorreu o pior dos mundos para o PT. Esperar que um filho de Chico Buarque capitule e um neto de Miguel Arraes se entregue? Nem pensar. É uma eleição inevitável. Do Acre (com Tião Viana) ao Rio Grande do Sul (com Paim), o PT se estremeceu! Não dá para desqualificar Marina Silva nem mesmo dentro do próprio PT. Isto é um grande problema eleitoral para o PT.
 
Se ela fosse para qualquer dos outros seis partidos que solidariamente lhe ofereceram acolhimento, ainda teria que lutar na convenção para sair candidata e isto nem sempre é fácil. No PSB, há muito tempo isto é "prego batido e ponta virada": Eduardo Campos é o candidato. E agora, com 30%, é que é mesmo! Como se diz na linguagem coloquial antiga, o PT cutucou Marina Silva com vara curta e o tiro saiu pela culatra.

Eduardo Campos dormiu com a perspectiva de uns 10% dos votos e acordou com mais 30%. Não tem política de bastidores que aguente um negócio destes.