quinta-feira, 22 de maio de 2014

A Região de Ninguém e o "Locus" de Todos

Administrar bem o armário da gente é uma coisa quase impossível, quanto mais administrar uma instituição como o IFPI! Hoje tive uma conversa de muita serenidade e bastante esclarecedora com o Pró-reitor da PROPI  em relação às políticas de pesquisa e capacitação dos servidores. Tanto no plano político quanto na capacidade de dialogar com quem defende posições contrárias, este nosso colega tem evoluído bastante. Deixei muito claro para ele, e estou convencido de que ele concorda comigo, de que minhas duas últimas críticas aos programas, as quais encaminhei ao MP, não têm qualquer conotação pessoal. Apenas julguei abstratamente a situação. As pessoas do MP, que lidam com os grandes problemas deste país, quando vêm uma reclamação como as que às vezes faço, devem se deliciar, pois elas devem parecer colírio para os olhos deles. Tenho um irmão que trabalha na Casa de Custódia. Quando eu falo em problemas de trabalho, ele diz: "Problema! Este é o problema!? Não! Entre vocês não há problemas, vocês trabalham com o que deu certo, somente com o que deu certo!". Mas seja lá como for, nós também precisamos fazer as nossas críticas, dialogar com outros órgãos e elaborar estes colírios. Os membros do MP, o órgão uniforme e igualmente competente em todo o território nacional, também sabem das dificuldades relacionadas ao vínculo entre a normatividade e os atos administrativos. O direito administrativo brasileiro é aquela coisa que dá trabalho a todos. Os próprios procuradores devem sofrer com ele quando vão administrar. Fazendo uma comparação com o que ocorre com a medicina, diríamos que o direito administrativo é a "região de ninguém" (articulações das mãos) do direito brasileiro. Na administração, ninguém pratica só atos totalmente legais, justos e benéficos para a comunidade. Não! Esta perfeição não se espera de ninguém. O que devemos esperar sempre, foi o que tive hoje! Uma sincera demonstração em querer se superar e melhor fazer o seu trabalho, servindo bem à comunidade! Este ano, estou convencido de que grandes realizações ocorrerão na PROPI.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

O recorde

Um colega nosso, tão disciplinado quanto o velho Immanuel Kant (meu segundo filósofo preferido!), e com muito orgulho de seu record de 11 anos sem faltar aulas no IFPI dirigiu-se a mim, juntamente com outros,  indagando se eu também havia tido "ponto cortado". Respondi: "estou em exames para saber qual é a minha doença que faz minha perna doer. Não posso acumular isto agora, vou adiar este sofrimento para mais tarde". Já falei para os meus chefes não me darem estas notícias agora. Se você souber, por favor, me poupe.

Particularmente, achei muito bonita a posição do acima citado professor, o qual estava preocupado não com o dinheiro (que obviamente faz falta a todos nós!), mas com o fato de que formalmente não possui mais o seu recorde. Ilustre colega, o que tenho a te dizer é que se Deus der a mim a oportunidade de tê-lo conosco por mais 11 anos, verei o seu recorde ser dobrado, pois a sua disciplina para com o seu corpo e sua mente é tão grande, que saúde não lhe faltará, tal como tem ocorrido até agora. Veja o fato não como desestímulo, mas como estímulo, para prosseguir no glorioso caminho kantiano do enaltecimento das maiores virtudes, caminho que leva, inclusive, à saúde física e mental do caminhante e de todos os que o acompanham.

terça-feira, 13 de maio de 2014

O INSÓLITO BOICOTE

Os dados econômicos são completamente contrários aos propostos boicotes contra a economia russa por parte da UE. Boicotes dos EUA contra a Rússia surtiriam pouco efeito, pois os russos não têm praticamente nada com os EUA. Boicotes por parte da UE é pura autofagia econômica para a Europa, principalmente para a Alemanha. Tudo leva a crer que o conflito ocorre fora dos estados. É o início de uma nova fase do capitalismo?

EUA:
Dívida externa: US$ 14,71 trilhões (2011).
Exportações: US$ 1,497 trilhões (2011) - Principais parceiros: Canadá (19%), México (13,3%), China (7%) e Japão (4,5%).
Importações: US$ 2,236 trilhões (2011) - Principais parceiros: China (18,4%), Canadá (14,2%), México 11,7%), Japão (5,8%) e Alemanha (4,4%)


RÚSSIA:
   As exportações russas são direcionadas, em grande parte, para a União Europeia (UE-27) e para a Ásia. Em 2012, a UE 
respondeu por 45% das vendas russas, seguida da Ásia, com 24%. Individualmente, os Países Baixos foram o principal destino das vendas russas (14,3% do total). Seguiram-se: China (6,3%); Itália (5,3%); Alemanha (4,4%) e Belarus (3,9%). O Brasil obteve a 33ª posição entre os compradores do país, com 0,4%.
  A União Europeia é também a principal origem das importações russas. Em 2012, supriu cerca de 34% da demanda local, seguida da Ásia, com 30%. Individualmente, a China foi o principal exportador para a Rússia (15,4% do total). Seguiram-se: Alemanha (9,4%); Ucrânia (5,5%); Estados Unidos (3,8%); Belarus (3,6%) e França (3,2%). O Brasil ocupou o 19º lugar entre os supridores, com 1% do total. 







segunda-feira, 12 de maio de 2014

O IFPI está no caminho certo

LISBOA, VELHA CIDADE! 
Qual a mais antiga cidade do que usualmente chamamos Oeste Europeu? Roma ou Paris, responderiam alguns. E errariam, pois, é Lisboa, a qual tem aproximadamente a mesma idade que Atenas. Foi fundada pelos fenícios e, como pequeno povoado, existe desde o início do período neolítico (10.000 a. C). Ludovico Schwennhagen, que foi professor no Liceu Piauiense, e muito conhecido meu através de minhas pesquisas no APPI (nos anos 2009-2010 eu fui o campeão em tempo de pesquisa!), escreveu muito bem sobre a vinda dos fenícios/sefaraditas ao Piauí a partir de Lisboa. Obviamente, hoje não tem o esplendor de alguns momentos áureos do passado, mas continua sendo herdeira das grandes civilizações que por lá prosperaram, inclusive os judeus sefaraditas e marranos (forçados ao catolicismo), dos quais muitos de nós piauienses descendemos, mas devido à destruição de nossa história genealógica, não sabemos e, se sabemos, não podemos provar. Tenho esperanças que o Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco possa vir a fazer este trabalho. O fato de a legislação portuguesa atual conceder a cidadania portuguesa aos descendentes de marranos dará impulso a estes estudos. Na última vez que estive em Recife olhando o livro de passaportes dos viajantes, notei que algumas pessoas que viajavam para Iguatú-CE tinham a terminação MARRANO (alcunha, tal como Francisco Marrano!). Também notei alguns "Rodrigues marranos" entre os retirantes cearenses acampados nos núcleos do Piauí por volta de 1875. 

BOAS NOTÍCIAS DE LISBOA
Hoje, em conversa com o Pró-reitor da PROPI/IFPI, o mesmo disse que foram assinados protocolos de intenções com várias universidades portuguesas para a execução de cursos de pós-graduação, e que percebeu da parte dos portugueses uma vontade de iniciarem o mais rápido possível os cursos. Estou convencido de que a coisa é, como de diz, "prá valer" pois a viagem não foi no apagar das luzes da administração e existe, inclusive, uma provável reeleição. Além do mais, este Reitor tem sido, até agora, muito responsável em seus compromissos. Está me surpreendendo para o caminho do bem. A campanha eleitoral que o levou à vitória foi toda costurado, amarrada mesmo. Eu pensei que este processo fosse deixar a gestão amarrada, pesadona. Mas me enganei, está bastante solta. E uma iniciativa como esta, a qual deve ter o apoio de todos, é uma prova disso. 

EU
Estou em vias de fazer uma cirurgia. Dizem que é bastante simples, mas "operação é operação". Meu saudoso cunhado Marcel Schiess fez, na Suiça, uma operação que, em princípio, não seria de grande risco. Houve uma complicação, e o mesmo faleceu ainda bem jovem! Vou me esforçar para viver mais uns 35 anos. Porém, em face do acima dito, peço sinceras desculpas pelas chateações que tenho causado aos colegas. Dando errada a cirurgia, não quero chegar ao outro lado todo contaminado de raivas alheias contra mim. Bastam os meus pecados, para me deixarem em dificuldades!



segunda-feira, 28 de abril de 2014

Fato Novo, Magníficos!

Acabo de ter um papo com os universitários. "Como pode alguém poder se candidatar ao cargo de reitor e não poder se candidatar ao cargo de chefe de departamento?" perguntaram eles. A pergunta é complicada para ser respondida afirmativamente dentro do mundo jurídico. Vossa Magnificência terá mesmo que alterar esta parte de sua proposta, para evitar esta situação insólita. Algumas pessoas bastante ponderadas me falaram que o tempo de exercício na profissão seria um dos bons critérios. Alguns colegas também me falaram que esta questão já havia sido levantada. Todo mundo está levantando esta bola. Se cabe ao Reitor "fazer a cortada", então ele terá que cortá-la. Se não, o time perde. 

sábado, 26 de abril de 2014

Reitor do IFPI: cumprimento de principal proposta eleitoral

Li os documentos propostos pelo Reitor do IFPI para a elaboração das eleições para coordenadores, chefes de departamentos e diretores. Minha vontade era que houvesse eleição para todos os cargos, inclusive pró-reitores. Entretanto, eu nem mesmo teria me candidatado na última eleição se, desde o início da pré-campanha (da última eleição para reitor) houvesse por parte do atual Reitor e dos outros candidatos a clara intenção, hoje manifestada de forma definitiva, de fazerem eleições para estes três tipos de cargos. Chegamos a quase brigar mesmo, para que o atual reitor convencesse os seus correligionários a apoiarem estas eleições. Sei que não deve ter sido fácil para ele fazer este importante trabalho de convencimento e manter a campanha coesa que eles fizeram. Posso até estar dizendo besteira, mas, tendo em conta a polarização que ocorreu, penso que este convencimento acabou sendo importante para a vitória eleitoral.

Para mim é motivo de alegria ver as propostas sendo transformadas em realidade. Entendo que, dentro do contexto político, tanto nacional quanto local, a proposta, além de benéfica para todos nós, constitui avanço em relação à própria legislação nacional instituída para os institutos federais. Os pontos mais polêmicos foram: a) a questão do 2/3 para servidores e 1/3 para alunos; b) pré-requisitos para ser candidato a chefe e diretor. Analisemos cada um dos casos:

Caso a): A legislação estabelece 1/3, 1/3 e 1/3 para os três segmentos. O Reitor propôs 2/3 para servidores e 1/3 para alunos, em total coerência com proposta que o antigo SINDCEFET-PI/SIND enviou ao MEC antes das primeiras eleições para os cefets, hoje institutos. Como presidente do sindicato à época, não posso, agora, ser contra.

Caso b) Para as candidaturas aos cargos legalmente estabelecidos a nível nacional a legislação exige condições muito mais rigorosas e restritivas do que as propostas pela Reitoria.

Creio que devemos parar de discutir o sexo dos anjos e fazermos logo as eleições, antes que algum raio vindo dos céus nos fulmine. Marquem logo as datas, pelo amor de Deus! Não sei vocês, mas eu, já esperei demais.

Os avanços sociais a gente agarra, segura com força e depois avança mais! Jamais esqueçamos que existem "políticos" neste país que trocariam a mãe (o pai, coitado, nem se fala!) pelo direito/poder de "nomear", seja qual for o cargo.


Sendo realizadas agora, as eleições terão futuramente uma força estabilizadora importantíssima, pois quando o novo reitor assumir, os diretores, chefes de departamentos e coordenadores, ainda ficarão com ele por mais um ano, gerando melhor transição e estabilidade (pensem nas dificuldades terríveis que os atuais gestores tiveram neste primeiro ano!). Escutem-me, me levem em conta pelo menos uma vez na vida! É contraproducente ficarmos com especulações eleitoreiras neste momento. A realidade eleitoral mudou e, neste momento, nem mesmo sabemos se determinados candidatos teríam mais apoio de segmento A, B ou C. Estou torcendo demais para que o Reitor e os diretores, cumpram o mais rápido possível as suas propostas (isto está acontecendo!), para poderem avançar mais ainda. No caso do Teresina Central, quero que em breve os dois convoquem uma reunião conjunta e nela digam com a maior tranquilidade: 

"Todas as propostas estão cumpridas. E agora, o que é que vocês sugerem que nós façamos?"