terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mercadante quer saber as razões de uma abstenção de 27,9% no ENEM


Só vejo um jeito de saber isto. Ir à casa de um grande número de alunos faltosos, escolhidos aleatoriamente, mormente nas cidades com maiores índices de abstenção, e indagar acerca das razões do aluno não ter ido. Esta pesquisa deve ser mais cuidadosa do que as do IBGE, pois nesta há mais subjetividade e o aluno pode, por alguma razão, omitir os fatos relevantes. Também devemos ver quantos chegaram atrasados, pois estes não podem ser incluídos no cômputo da abstenção.

Todo ano tenho observado este fenômeno nas turmas iniciais do ensino superior no IFPI, onde trabalho. O índice de evasão costuma ser maior do que os do ENEM. No entanto, há uma pergunta filosófica muito mais interessante do que a simples preocupação com os números: esta evasão é boa ou é ruim? Depende, pois são vários os motivos pelos quais alguém pode desistir de algo. Pode até ter desistido por algo que ele julgou melhor. No caso específico de meus alunos evadidos, julgo que deveríamos fazer um acompanhamento estatístico dos mesmos. Tenho notado que às vezes os evadidos passam em concursos, vão continuar seus outros cursos em outras universidades, mormente particulares, e por aí vai. No caso do ENEM, penso que devem ocorrer estas coisas também. Desgraçadamente, a estatística, a mais exata matemática dos estudos sociais, é algo desprezado no Brasil e por ela só se interessam os donos dos cassinos (de todas as naturezas), os profissionais das campanhas eleitorais e os banqueiros.

Se os dados estatísticos de um país estão todos bem consolidados, com um simples toque no teclado de um computador, o administrador bem assessorado pode economizar bilhões. É o que Cuba tem feito para suportar a pressão do bloqueio estadunidense. Recentemente o IFPI alegou indisponibilidade orçamentária para este professor “blogueiro” participar do MATECOMPU’2012, um evento internacional cubano sobre educação, matemática, estatística e computação. Neste momento, nosso recurso deve estar nas mãos dos assessores do Ministro Mercadante.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda
lossian@oi.com.br

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cálculo Renal e Falta D'água em Teresina-PI

Em decorrência da grande perda de água corporal os problemas de cálculo renal se agravam neste período em Teresina-PI. Os urologistas (e os médicos em geral) recomendam que bebamos pelo menos dois litros de água por dia. Eu próprio fui vitimado recentemente. No dia 11/10/2012 fui fazer uma consulta por causa de uma dor nas costas (pensei que fosse devido a um desgaste que possuo numa vértebra) e após fazer ultrassonografia e tomografia os médicos detectaram uma "pedra" de difícil saída. Me operei na tarde do mesmo dia, através de tubo que recolheu a pedra através do canal da uretra. Recebi alta na tarde do dia 12/10/2012. O médico havia notado outra(s) pedras no próprio rim e deixou um tubinho (catéter duplo J) do rim à bexiga. 

No dia 29/10/2012 fui submetido à outra operação para quebrar a pedra localizada no rim, durante umas duas horas, sendo 45 minutos só para quebrar a pedra através de ondas eletro-hidráulicas e o restante do tempo para preparativos relacionados à sedação. No mesmo dia tive alta, mas a coisa não é fácil não. 

Hoje às 12 hora fui ao hospital retirar o catéter. Entrei na sala de cirurgia às 13:55, fiz punção às 14:00 e o procedimento iniciou-se às 14:05. Às 14:25 fui para a sala de recuperação, tendo havido pequeno sangramento na retirada do duplo J, o qual está comigo juntamente com a pedra. Também está comigo a lembrança de todas as pessoas que me auxiliaram em todas as operações. Nesta última, a qual dizem ter sido muito bem sucedida, cito: O urologista e o anestesista, as enfermeiras Rayane, Solange, Rejane, Elke e Lourdes, o maqueiro Rocha  e a atendente Janaina. Porém, só agora, ao fazer este breve relato, estou sabendo que a parte mais complicada foi a "quebra da pedra". 

Não quero que ninguém seja obrigado, como fui, talvez pelo simples fato de não ter bebido água o suficiente, a passar por tudo isto. Principalmente se a pessoa for jovem. É um sacrifício grande para a saúde, pois não existe procedimento cirúrgico que só tenha conseqüências boas. Por isto, bebam água.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda
lossian@oi.com.br

sábado, 3 de novembro de 2012

Repercussão Feia do Ocorrido no IFPI de Parnaíba

Na postagem http://pyaugohy.blogspot.com.br/search?q=est%C3%A1+Ca%C3%B3tico, do dia 9 de agosto deste, manifestávamos preocupação em relação aos possíveis descaminhos de nosso processo eleitoral no IFPI. Nesta postagem, que convém ler em sua inteireza, dizíamos:

Um dia fui à UFPI com a professora Ceres a qual, naquele momento, era aluna de física por lá. Como o ônibus no qual fomos estava malditamente lotado, fomos ao DCE reclamar. Duas horas depois haviam vários ônibus queimados, muitos alunos presos e alguns feridos (leiam os jornais do período!). 
Sinto que algo parecido pode ocorrer no IFPI nesta eleição. Não me refiro exclusivamente a conflitos violentos, mas também ao próprio desenrolar dos acontecimentos eleitorais. Há bem pouco tempo uma zona de determinismo se apresentava para os líderes políticos da atual gestão, os quais tudo fizeram para entrar na zona do caos político.

Hoje, Arimatéia Azevedo escreveu:

"Coisa feia
Se alguém ainda se queixa do baixo nível da campanha para reitor da Universidade Federal do Piauí, prepare-se para o que se ensaia no Instituto Federal (Ifpi). 
Anteontem, uma turma que faz oposição ao atual reitor Francisco Santana foi impedida de entrar no campus de Parnaíba" (http://www.portalaz.com.br/arimateia).

Ao ver uma cena patética daquelas o público pode até ficar com a impressão de que não existem idéias e propostas, só ambição pelo poder. A imprensa já deu o alerta. É hora de ampliarmos a serenidade necessária para o exercício de nossa cidadania.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda
lossian@oi.com.br




Mercadante não Deixou o ENEM Vazar

Pelo jeito, parece que o Ministro Aloízio Mercadante Oliva está de parabéns. Pelas muitas repetições, estava quase ficando tradicional o vazamento no ENEM. No entanto, ele parece ter segurado qualquer tipo de vazamento. Só não o proponho agora para presidente porque ainda é muito cedo. Convém aguardarmos mais algum tempo e, caso Dona Dilma seja reeleita e ele continue sendo ministro e segurando todos os tipos de vazamento, será fortíssimo candidato. Haddad "deixou" vazar e foi eleito governador, imagine o Mercadante, se não deixar vazar o ENEM por seis ou sete vezes seguidas. Te cuida, Lula.

Losian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Constrangimento e Criação de Onda Eleitoral


Não creio, no sentido filosófico do termo, na liberdade do homem. Todos agem não apenas sob um constrangimento exterior mas também de acordo com uma necessidade interior.

Constrangimento é qualquer situação exterior alheia à vontade do homem que o empurra no sentido de praticar ou deixar de praticar determinada ação. Ocorre muito em períodos eleitorais e pré-eleitorais, mormente quando os candidatos tentam "mostrar força", criar a chamada "onda eleitoral". Esta onda eleitoral, por sua vez, já é um constrangimento pois tenta tirar a liberdade do eleitor criando o chamado voto útil, o qual é o mais inútil dos votos para o eleitor livre não movido pelo puro interesse. Um dos modos de criar ondas, às vezes afastadas da realidade, são as pesquisas eleitorais. A propósito, os juristas têm questionado bastante estes meios. Nesta eleição municipal que se passou, algumas pesquisas foram feias em alguns casos. Gustavo Fruet nem iria para o segundo turno em Curitiba e Arthur Virgílio estaria em pé de igualdade com sua adversária em Manaus.

Em relação às eleições para reitor do IFPI, tudo faremos para frustrar tentativas de criação de ondas, mesmo sabendo que elas são mais fáceis de serem construídas quando se instala um alto nível de emocionalismo e baixo grau de racionalidade. Devido à própria natureza de nossas atividades profissionais  (alunos e servidores de ensino técnico e tecnológico) o grau de racionalidade é elevado. Venda de camisetas, pedidos de dinheiro, tudo isto é constrangedor para quem não faz doação espontânea e legal. No caso do IFPI, estas doações precisam ser regulamentadas. 

Lossian Barbosa Bacelar Miranda
lossian@oi.com.br

DCE IFPI: Reminiscências para uns, história para outros

Historicamente, temos uma grande gratidão para com o DCE/IFPI, pois, quando fundamos o SINDIFPI, foi uma das instituições que mais nos apoiou, juntamente com o GRENIPE e a ASSIFPI. Apoiaram o Plebiscito em prol da desincompatibilização na primeira eleição direta para reitor, bem como todas as nossas manifestações, inclusive a ocorrida na "reinauguração" do prédio B do IFPI, onde os alunos do DCE empunharam cartazes exatamente no momento da inauguração, a menos de cinco metros de distância de todas as autoridades que estavam discursando. E a manifestação foi tão inesperada, respeitosa e contundente que os discursos mudaram e foram aos alunos completamente dirigidos (Firmino Filho estava lá e foi um dos que se solidarizou com os alunos). Quando todos os apoios e forças nos faltaram, não nos faltou o DCE/IFPI com seus CAs. Podemos ter sido mau professor, mas o DCE sempre nos mostrou que eles foram bons alunos. Recebemos pedido para "curtir" a página DCE/IFPI. Porém, informamos que para nós isto não é pedido, e sim, uma ordem para cumprimento de um dever moral.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda - Presidente Fundador do SINDIFPI. E-mail: lossian@oi.com.br

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Barrados no Baile


Barrados no Baile
Oh! Oh!
Só viviam dando detalhe
Barrados no Baile
Oh! Oh!
E meu amor, nem me fale
Mas isso é que dá
Cê querer freqüentar...(2x)

Antes de tudo, aproveito a oportunidade para fazer uma homenagem a Eduardo Dusek, o mais irreverente dos cantores de minha geração.

Em relação à campanha eleitoral no IFPI, ontem postei nas redes sociais os seguintes comentários:

"Longe de mim querer depreciar a mobilização político-administrativa dos colegas. Muito pelo contrário, quero é ampliá-la e estendê-la. Mas do direito e dever à crítica pertinente não podemos, sob pena de falharmos, jamais nos afastarmos. A propósito, os grandes problemas de qualquer gestor, ou até pré-candidato a gestor, começam quando ele rejeita a crítica. Volto a insistir, e insistirei tantas vezes quantas forem necessárias. FAÇAM A CAMPANHA DE VOCÊS, TAMBÉM, ABRAÇAR A PLENA DEMOCRACIA".

"TODOS SÃO PESSOAS TÃO RESPONSÁVEIS E SIMPÁTICAS! É ÓBVIO QUE TODOS, COM  CERTEZA, SERÃO ELEITOS AOS CARGOS (SÃO MUITOS, ATÉ DEMAIS!). OS EXERCERÃO COM MUITO MAIS TRANQUILIDADE, LEGITIMIDADE, INDEPENDÊNCIA E ALTIVEZ. VOCÊS QUEREM QUE SE REPITA TUDO DE NOVO... ESTOU CANSADO DEMAIS PARA ASSISTIR MAIS UMA VEZ ESTE FILME DE HORROR!"

Até então não tínhamos conhecimento sobre mais um sério problema ocorrido em Parnaíba, quase repetição de fatos anteriores que acabaram sendo encaminhados para os órgãos judiciais (http://portaldobikanca.blogspot.com.br/2012/11/animos-acirrados-na-pre-campanha-para.html e http://www.proparnaiba.com/redacao/2012/11/01/professor-denuncia-que-foi-impedido-de-entrar-no-ifpi-campus-phb.html).

Briga horrorosa pelo poder de nomear cargos comissionados e gratificados (trezentos? Nem sabemos, ao certo, pois todo dia chegam mais). Enquanto não forem instituídas eleições diretas para todos estes cargos, a guerra dos amigos vai continuar. "Faça um milhão de amigos", era o slogan espalhado em prosa e verso (nunca aderimos a este, pois a própria Transparência Internacional considera o amiguismo prejudicial às instituições públicas!). Para a coisa pública, e em especial a educação, é mais útil o cumprimento da lei, a democracia plena, a diminuição do autoritarismo e o compartilhamento legítimo das responsabilidades. Por isto, e muito mais, queremos eleições diretas para todos os cargos comissionados e gratificados do IFPI.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda
lossian@oi.com.br