terça-feira, 21 de agosto de 2012

Milagre


Hoje por volta das 16h30min encarei um elevador, coisa que não fazia há muitos anos. Precisei subir à sala do PIBID / IFPI e só podia fazer isto de elevador (Fecharam o portão da escada. Por quê?). Encorajou-me o fato de poder ir acompanhado do Francisco Santos, o qual eu tenho como um dos filhos prediletos da eletricidade (ele já descobriu muitas coisas sobre ela e até já ganhou prêmio da SIEMENS). Me "lasquei de medo" tanto na subida quanto na descida (fico tendo a impressão de que se o elevador parar eu morro sem fôlego e desesperado!). 

Depois que descemos o elevador fomos à sala da diretoria de ensino médio e lá tomei conhecimento de que está havendo uma reação portadora de uma solidariedade invencível e absoluta. Fiquei muito alegre por isto, e muito triste pela causa desta reação. 

O diretor que lá havia era um milagre, e explico: pegue duas porções, uma de açúcar e outra de arroz e coloque-as nos braços de uma balança de alta precisão. Se ocorrer o equilíbrio, houve milagre. Era isto o que havia naquela diretoria. Um diretor, em pleno equilíbrio com os seus colegas servidores e alunos. Um milagre da administração pública. 

Às vezes eu até brincava com o diretor e dizia: "este aí tem motivos para votar em mim, pois em caso de se candidatar a ser novamente diretor, terá eleição garantida".

Agora entendi porque ele não achava graça da minha brincadeira. Ela era séria. 

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.




segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Depois da dança das cadeiras, a dança pelo voto

Enquanto a presidenta Dilma diz não para as propostas dos professores, aqui no IFPI, após três meses acompanhando Dona Dilma (e às vezes, até a ultrapassando!), o reitor e seu time resolveu até agendar compromissos e fazer encontros para atender às propostas do sindicato (http://www5.ifpi.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=431). Isto é uma prova da grande importância do voto direto. As eleições estão aí, e ao que tudo indica, a ficha caiu. Se fossem menos onerosas, e isto é possível, podíamos ter muito mais eleições. Devíamos ter eleição para tudo mesmo! Menos políticos (carreiristas) e mais eleições.

Ninguém é dono do voto de ninguém. Ninguém pode ser vaidoso e bater no peito dizendo: "Tenho voto, tenho apoio!" As coisas são circunstanciais. Se num meio de alto nível de racionalidade o administrador, por mais limitado que seja, escuta as pessoas e não se isola nas cúpulas da política, mantendo sua humildade, dificilmente perderá o apoio da comunidade. Os que assim não procedem, notam a popularidade desmoronar e os votos irem embora.

As informações que chegam até mim, inclusive a partir de minhas próprias observações, é que o nível de insatisfação no interior é maior do que na capital. Isto indica que teremos uma eleição bastante acirrada, com uma grande pulverização dos benditos votos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Só agora!


"... Depois de muita cobrança e da nossa resistência a reitoria do IFPI passou a reconhecer a existência do movimento paredista na instituição. Dessa forma, essa reunião será uma oportunidade importante para tratarmos dos problemas locais com aqueles que podem responder aos questionamentos e encaminhar as soluções". [Postagem do sindifpi.blogspot.com.br do dia 16/08/2012].

Quer dizer que a instituição está parada há 3 meses (não me lembro de greve de três meses em meus quase 20 anos na rede federal) e só agora o reitor veio reconhecer que existe greve? Aceito o convite para tomar o café, mas depois disto não quero beber mais nada.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A dança das cadeiras no IFPI


Em decorrência da frenética "dança das cadeiras" imposta pela atual gestão do IFPI, tem havido mais interesse em ler o Diário Oficial da União e debater sobre cargos e funções. E tenho notado que existem alguns equívocos em relação à real natureza dos cargos comissionados e funções gratificadas. São coisas tão longe uma da outra, quanto os valores monetários recebidos pelos exercícios de cada uma delas. As comissões em geral quase dez vezes mais que as gratificações. Na nomeação para uma comissão o gestor goza de um alto nível de discricionariedade, não ocorrendo o mesmo no caso das gratificações, onde a designação do servidor está totalmente condicionada ao mérito, sendo, na prática, uma extensão de suas atividades efetivas. É um serviço a mais para o servidor. E a "gratificaçãozinha" que recebe (é pequena mesmo, geralmente menor que o salário mínimo") corresponde ao cumprimento do princípio de direito que afirma que o Estado não pode se locupletar do trabalho alheio, isto é, aquele princípio que diz que o Estado deve viver única e exclusivamente de seus tributos (impostos, taxas e contribuições de melhoria). 

Portanto, dentro do atual jogo político de nossa instituição, igualar alguém que ocupou ou ocupa um cargo comissionado (que nem servidor efetivo tem a obrigação de ser) com um servidor gratificado é uma deslealdade política inaceitável e absurda. Dizer que um gratificado é da cúpula ou "joga no time" do "governo interno" é uma burrice muito grande. Em geral, jogam no "time do Brasil", sendo pessoas comprometidas com a causa pública. Eu próprio tenho visto e vivido este drama, mormente com os coordenadores. Muitos chegam mesmo a dizer coisas do tipo: "... o que ganho mal paga a gasolina!". Ou então: "... e se eu não aceitar, quem é que fica no meu lugar?". Ou: "... não posso sair".  Ou ainda: "... e como ficam os alunos?". Não tenho o menor medo de dizer (e quem quiser que me processe por isto) que é uma graça para a coisa pública (os romanos diziam res publica) quando algum servidor que já tem tempo para se aposentar fica aguardando a aposentadoria compulsória sendo coordenador ou um jovem cheio de energia e civismo assume uma coordenação. Tenho tido a graça de ver as duas coisas juntas em muitos departamentos de nossa instituição.


Professor Lossian Barbosa Bacelar Miranda.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

NO LIMITE

Vejam se tem rumo uma coisa destas (olhem as datas): no dia 06/08/2012 (http://www.jusbrasil.com.br/diarios/39315860/dou-secao-2-07-08-2012-pg-15) o reitor autoriza meu afastamento, COM ÔNUS LIMITADO,  para participar do IV CONGRESSO LATINOAMERICANO DE MATEMÁTICOS, o qual deveria ser realizado de 06 a 10 de agosto de 2012. O pedido foi feito em junho de 2012.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda



sábado, 11 de agosto de 2012

O decreto da continuidade: começou a pendenga

Começou a pendenga jurídica, a qual não é nada boa para o governo e seus dirigentes. Vejam a reclamação feita para a OIT pelas centrais sindicais: http://www.condsef.org.br/portal3/images/stories/file/of_194_oit_09-08-2012_anexo.pdf

Postei o comentário anterior relativo ao insólito decreto 7777 ontem à noite. A resposta das centrais sindicais não podia ser outra.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Decreto de Continuidade

O Decreto http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7777.htm possui mais eficácia, pelo menos por enquanto, em relação às greves que possam prejudicar o comércio exterior. Não vejo como o mesmo possa ser aplicado na atual greve dos professores universitários. Este decreto, com certeza, vai dar muito o que falar, pois possui aplicação diferenciada. E o seu possível mal uso será fortemente atacado pelos advogados. Quem viver, verá.

Lossian Barbosa Bacelar Miranda