Vi aquela cena ontem, "... primeiro os 225 órfãos!".
Tenho 59 anos de idade e desde os 14 acompanhamos de perto a política internacional em relação aos seus principais países protagonistas. Obviamente, a política em relação às famílias (maquiavelismo) é mais decisiva, mas também não podemos menosprezar os aspectos históricos das vidas dos estados. Com ênfase neste aspecto, afirmo sem medo algum de errar: estamos à beira de uma guerra muito devastadora. Os motivos:
1) A Ucrânia não é um país fraco, muito pelo contrário, é o berço da própria Rússia moderna;
2) Os ucranianos não são paus-mandados e a Rússia sabe, bem como os países ocidentais e, ambos, têm razões de sobra para temerem os ucranianos, mormente se houver refugiados em massa. Não virão como pedintes, muito pelo contrário. E se houver revolta contra o atual Governo da Ucrânia o clima ficaria extremamente pesado na Polônia, com possibilidade de desestabilização total da Europa do Leste;
3) A Rússia já não aguente a pressão do atual governo de Kiev em Donbass e eles têm que decidir a parada logo, do jeito usual. Só ainda não decidiram porque ambos os lados estão mutuamente respeitando as forças dos adversários;
4) Alguém muito poderoso vendedor de derivados de petróleo precisa vender gás para os consumidores europeus, fora os russos. A elite russa já está de saco cheio de perseguições pessoais e, a elite política ucraniana atual, tem matado essa bola no peito.
5) China e Rússia já deixaram muito claro que não têm temor algum de guerra total. Então, a Rússia atacará tudo o que julgar ameaçador para sua defesa. E os mísseis nucleares lançados recentemente é uma sinalização de poder mesmo, tal como fez a Coréia do Norte quando o Trump falou em atacar.
6) O raciocínio tolo de que não haverá mais guerras com muitas mortes, cercos e todos os tipos de atrocidades é errado. Continuam a querer torcer as orelhas uns dos outros, preferencialmente com alicate para não sujarem as mãos.