Segunda-feira teremos novo reitor e novos diretores gerais (é o que diz o bom-senso, pois as eleições foram casadas). Conversei com um dos mais entusiásticos apoiadores da campanha do reitor do IFPI e o mesmo, de modo realmente muito franco, pareceu-me convencido de que teremos uma gestão mais humana, responsável e isenta de vaidades pessoais em todas as ações. Tal qual o advogado do capeta, coloquei todo tipo de argumento contrário, mas ele permaneceu realmente convencido de que estas coisas, e até as ingerências políticas, estão superadas. Sinceramente, ele me convenceu em relação à veracidade do seu estado de espírito, das suas perspectivas. Reconheço que o reitor eleito, dentre todos os candidatos, foi o que mais sofreu durante a campanha, pois foi o único que alimentou a esperança de ser reitor por muito tempo. Mais precisamente, durante 8 anos, e tal fato fez com que o mesmo vivenciasse a instituição durante todo este tempo. E as pressões do grupo em relação a uma vitória beiravam ao insuportável. O que também me surpreendeu (e só no "finalzinho" da campanha!) foi o nível com que a família do mesmo alimentou esta esperança. Obviamente, devem estar já preparados para o ônus que tais situações induzem inevitavelmente. Em decorrência da natureza mais liberal com que foi eleito, espero e exijo mais do diretor geral do campus central, do qual não espero e nem perdoarei erro algum. E ninguém perdoará nenhum tipo de guerrinha de vaidades, pois ninguém votou em ninguém para isto. O voto foi dado para que se ajudassem mutuamente em direção a uma gestão honesta, competente, transparente e humana onde, a res publica, e nós os seus servidores diretos, sejamos dignamente respeitados. E por falar em dignidade, convém lermos o último texto de Habermas sobre este tema, onde este velho filósofo kantiano, mais uma vez, tenta salvar a Humanidade: http://dianoia.filosoficas.unam.mx/info/2010/DIA64_Habermas.pdf.
Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
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