quarta-feira, 24 de julho de 2019

O roubo das armas do Fidié

Vasco José, Capitão Comandante da 6ª Companhia em 1820

O "roubo" das armas do Fidié existiu durante a batalha do Jenipapo. Mais precisamente, o que ocorreu foi conforme segue. Para início de conversa, o Exército do Fidié havia sido montado por Luís Carlos da Serra Negra, substituto de João do Rego Castelo Branco o qual, além de velho ficou cego. D. Maria I o substituiu por seu sobrinho Luís Carlos da Serra Negra. Os filhos naturais de Luís Carlos eram quase todos deste Exército (Claro Luis, Vasco José, Silvestre, Lúcio, Antônio Luís, Clementino Brasil, etc.). Quando a guerra começou (iniciada por Claro Luís!) ficaram de lados opostos. Claro Luís Pereira de Abreu Bacelar e Vasco José Pereira de Abreu Bacelar eram os mais velhos, filhos de Narcisa Pereira e criados na Serra Negra e na Fazenda das Areias (Luís Carlos casou depois dos 55 anos de idade com Luzia Perpétua Carneiro de Souto Maior). Claro comandou as tropas sediadas em Teresina que cercaram Caxias e, Vasco, vejam a bagunça para o Fidié, ficou como um dos seus principais capitães. Vasco era quem realmente conhecia a tropa! Fidié nem podia dispensá-lo, pois além de perder o contato com as tropas, ganharia um adversário poderoso. Fidié tangencia o tema em seu famoso livro ao tentar justificar porque perdeu a guerra, mas sem citar nomes, talvez por ética de seu ofício. O fato é que Vasco aproveitou o momento exato da batalha do Jenipapo para passar para o lado do irmão Claro Luís. Meses após a famosa Batalha Vasco, o heróico "fujão" agora Major, pede oficialmente, ao heróico "ladrão", a devolução de seu dinheirinho e demais trastes. Vi documentos dizendo que Vasco foi considerado herói por essa fuga, a qual debilitou o Fidié e, também, porque correu risco de vida. Realmente iria morrer de tapa se tivesse dado errado! 


hh

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