Seja na democracia ou na ditadura, os mais livres homens sempre foram os artistas e os filósofos. Tem sido assim há muito tempo e a história está abarrotada de exemplos. José de Abreu encarna esta realidade secular, a qual é o bem mais precioso que a Humanidade pode ter. Ele não roubou, não propinou, não pixulequiou. Enfim, não fez nada de errado, pois apenas quis o bem do país. Porém, mesmo não podendo provar que os errados são como ele, os defende. Mesmo fazendo uma autocrítica e chegando à conclusão de que outros são errados, mesmo assim, sua liberdade máxima de artista permitiria que ele se manifestasse de forma contrária à sua consciência. Esta é a liberdade maior do artista em relação ao filósofo. Este, condicionado à lógica e às contradições performáticas alexyanas, diria a José de Abreu que ele não pode mais encenar, pois os vândalos tocaram fogo no circo. José de Abreu, tranquilamente, poderia responder à altura dizendo que está encenando uma comédia trágica onde ele próprio seria alvo da desgraça. Uma coisa é certa: entra governo, sai governo, e José de Abreu continuará sendo o que ele é: um artista global. Não aceitamos a "sua lógica". Mas admiramos e amamos a sua arte. Isto nos confunde, e os dirigentes do PT sabem disto.
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