Acabo de ler a interessante análise da BBC Brasil sobre as prováveis ações dos EUA na Coréia: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41130148. O que este texto deixa claro, após fazermos uma síntese, é que o caso é sem jeito e, só problemas administrativos internos naturais ou provocados, poderiam derrubar o regime norte-coreano e parar o seu aceleradíssimo programa estratégico de guerra. As opções militares são arriscadas demais e extremamente desumanas tanto para os coreanos quanto para os americanos e japoneses.
domingo, 3 de setembro de 2017
Coréia testou com sucesso a bomba de hidrogênio
Diz a "Sputnik" russa que Coréia do Norte acaba de testar uma bomba de hidrogênio (https://br.sputniknews.com/asia_oceania/201709039261737-coreia-norte-teste-bomba-hidrogneio/). Seul diz que "terremoto" foi dez vezes maior do que o do teste atômico nortecoreano anterior. De fato, tudo indica ser uma bomba dez vezes mais potente (https://br.sputniknews.com/asia_oceania/201709039261595-seul-teste-nuclear-coreia-norte-terremoto/). É uma péssima notícia. Ontem eu dizia que o dilema dos EUA era a Coréia avançar as suas invenções atômicas. Agora, vem esta: bomba de hidrogênio, a pior das bombas.
sábado, 2 de setembro de 2017
O jantar com o Lula
Na verdade, não posso dizer que foi um "jantar com o Lula". Só vi o Lula em cima do palanque. Seria melhor dizer "jantar com o discurso do Lula". Mas o discurso dele não foi muito empolgante, pois ele parecia cansado e estava com a voz rouca. Mas parecia bem de saúde. Eu gostaria de ter visto a filha da Francisca Trindade no microfone. O PT de Teresina precisa de esperanças e eu gostaria muito de ter visto esta. Infelizmente não foi possível. Tudo ficou centrado no Lula, o qual não tem mais o gás necessário para fazer o motor grande do PT rodar. Foi mais uma confraternização entre amigos, com uma mistura de despedida e esperança. A esperança é que o Lula volte e faça o Brasil crescer economicamente e socialmente. A despedida, o contrário desta esperança.
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
O dilema americano na Coréia
Para todos os efeitos, os EUA têm uma guerra ainda não decidida com a Coréia do Norte. E o grande problema de médio e longo prazo é: se continuar como está, a Coréia do Norte tende a ampliar o seu poderio nuclear. Quando a Coréia do Norte tiver uma quantidade suficiente de bombas atômicas e mísseis velozes, tornar-se-á uma ameaça para qualquer país, e simplesmente fará parte do chamado clube atômico. Os EUA terão que conversar com eles de igual para igual, como se diz na linguagem popular. Afinal, que diferença faz entre 100 bombas atômicas da Coréia e 2000 dos EUA, se 100 já é mais do que suficiente para aniquilar boa parte do Mundo? A política dos diversos governos americanos ao longo destes últimos 70 anos não deveria ter permitido esta perigosa situação na qual nos encontramos. Mas a grande verdade é que enquanto a situação estiver tal como está, os EUA estarão em vantagem, pois estão lá, e mais fortes. O x do problema é a Coréia do Norte se armar cada vez mais, até atingir centenas de bombas atômicas e mísseis. E por incrível que pareça, ela só precisa construir estes dois tipos de armas, para se tornar terrivelmente perigosa. E esta tecnologia, parece que eles já têm. E o pior de tudo, é que ninguém aponta uma solução para o impasse. Trump parece estar certo quando diz que não adianta mais falar com as lideranças da Coréia do Norte. De fato, eles parecem irredutíveis em relação à conservação do poder nortecoreano como fator único de reunificação do país. Eu vou morrer e este jogo de paciência continuará.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
O Joqueira
João Clímaco D'Almeida (http://krudu.blogspot.com.br/2015/02/constantino-pereira-de-sousa.html).
No presente momento tenho 54 anos de idade. Eu ainda era criança no governo piauiense do velho Joqueira. Morava em Alto Longá e, eu e meu pai, pegamos o "misto" e fomos até Teresina fazer um exame médico. Eram umas 11:00 horas e então meu pai entrou numa casa velha que ficava quase em frente ao antigo cartório Dora Martins. A porta de entrada dava acesso a uma sala de jantar. Fomos convidados para almoçar e à mesa ficamos eu, meu pai e um velho (Hoje dizem idoso, etc. Mas não muda a situação), este último ficando em conversa com o meu pai. Quando terminamos o almoço nos foi servido água, suco, doce, etc. Meu pai e o velho ficaram vendo uns documentos. Depois fomos para a praça Saraiva (aqui minha memoria falha um pouco!). Mas me lembro que na caminhada perguntei ao papai quem era o velho e ele me disse que era o governador, o Joqueira. Então duvidei de meu pai, argumentando que o governador morava no palácio de Karnak, conforme diziam as professoras e os livros. Aí meu pai me disse que o palácio de Karnak era o local de trabalho, mas que a casa dele era onde havíamos almoçado. Continuei na dúvida, dizendo ao meu pai que a comida que nós havíamos comido no almoço lá, era pior do que a comida, que a minha mãe fazia. Então meu pai disse: "Você não gostou da comida? Foi uma comida normal, o bife estava muito bom". Aí, eu disse que havia gostado do bife, que estava bom, mas que a comida só era carne e arroz, não tinha variedades. Meu pai retrucou:
Em 2015 estive em Cabeceiras de Basto, Minho, e na festa da Orelheira e do Fumeiro, tive a oportunidade de confirmar o que meu pai havia falado sobre as habilidades culinárias de minha mãe herdadas dos Abreu Bacelares, fundadores do Reino de Portugal. Hoje, quase não se pode mais falar com os governadores do Piauí, de tão importantes que eles estão. O atual, foi também um grande governador enquanto se comportou cauteloso como o Joqueira e esta é a causa dele ter sido eleito três vezes. O Joqueira, nunca foi eleito governador e neste tempo não havia a reeleição e ele já era velho. Mas dificilmente haverá um governador tão bom quanto ele pois, além de confiar no rábula Luiz Barbosa de Miranda, meu pai, o qual nunca quis e nunca pediu cargos (poderia tê-los tido até sem pedir, pois foi voluntário na segunda Guerra Mundial), nos dois anos de seu governo, foram construídas muitas obras estruturantes do Piauí, entre as quais a UFPI e a Barragem de Boa Esperança. Eu ficaria muito feliz se um estudante de história localizasse meu prontuário médico e a partir da data, localizasse no Palácio de Karnak os documentos que meu pai analisou para o governador naquele dia. Esta é uma homenagem sincera que presto a um dos maiores homens públicos da história do Piauí, e que deve estar no céu, pelo conjunto da obra maravilhosa que ele fez.
OBSERVAÇÃO. Peço desculpas à família pela expressão semianalfabeto, citada por meu pai com muito carinho e máximo respeito, inclusive porque eram amigos de verdade, visto que Joqueira confiava nele, que não tinha nem o ginásio naquele momento. Creio que meu pai queria dizer que eu devia estudar, fazer algum curso, mesmo que eu não me formasse. Notem, no Piauí não havia universidades ainda e pessoas de origem humilde como Joqueira e meu pai não tinham como se formar. Meu pai terminou o ginásio depois dos cinquenta, bem como o antigo científico, chegando até a fazer vestibular, quando passou a morar em Campo Maior. Mas a concorrência era pesada demais. Lembro que também questionei o meu pai sobre o jeito errado do Joqueira escrever o próprio nome (levei a sério o "semianalfabeto"!). Mas aí meu pai disse que o nome dele estava certo e que o apóstrofo era o estilo antigo, pois o Joqueira era velho.
No presente momento tenho 54 anos de idade. Eu ainda era criança no governo piauiense do velho Joqueira. Morava em Alto Longá e, eu e meu pai, pegamos o "misto" e fomos até Teresina fazer um exame médico. Eram umas 11:00 horas e então meu pai entrou numa casa velha que ficava quase em frente ao antigo cartório Dora Martins. A porta de entrada dava acesso a uma sala de jantar. Fomos convidados para almoçar e à mesa ficamos eu, meu pai e um velho (Hoje dizem idoso, etc. Mas não muda a situação), este último ficando em conversa com o meu pai. Quando terminamos o almoço nos foi servido água, suco, doce, etc. Meu pai e o velho ficaram vendo uns documentos. Depois fomos para a praça Saraiva (aqui minha memoria falha um pouco!). Mas me lembro que na caminhada perguntei ao papai quem era o velho e ele me disse que era o governador, o Joqueira. Então duvidei de meu pai, argumentando que o governador morava no palácio de Karnak, conforme diziam as professoras e os livros. Aí meu pai me disse que o palácio de Karnak era o local de trabalho, mas que a casa dele era onde havíamos almoçado. Continuei na dúvida, dizendo ao meu pai que a comida que nós havíamos comido no almoço lá, era pior do que a comida, que a minha mãe fazia. Então meu pai disse: "Você não gostou da comida? Foi uma comida normal, o bife estava muito bom". Aí, eu disse que havia gostado do bife, que estava bom, mas que a comida só era carne e arroz, não tinha variedades. Meu pai retrucou:
"Meu filho, eles são vaqueiros! São governadores, mas são vaqueiros. Nós do Piauí somos vaqueiros. Sua mãe é filha de fazendeiro, o qual é vaqueiro. Ela sabe fazer comida diferente porque ela aprendeu na Escola Normal, aprendeu etiqueta. Eles ensinavam isto lá. E com os pais dela, aprendeu a fazer as melhores comidas dos vaqueiros. Ele foi o melhor governador até agora, porque ele é semianalfabeto (só fez curso de contabilista) e cauteloso, e tudo o que ele assina, tem que ser visto, antes, pelos advogados. Se os advogados não assinam o documento, ele não assina de jeito nenhum. Então é difícil ele errar"."Mas papai, eu não vi cavalo algum na casa do Joqueira", disse eu. Ele respondeu: "estão no interior".
Em 2015 estive em Cabeceiras de Basto, Minho, e na festa da Orelheira e do Fumeiro, tive a oportunidade de confirmar o que meu pai havia falado sobre as habilidades culinárias de minha mãe herdadas dos Abreu Bacelares, fundadores do Reino de Portugal. Hoje, quase não se pode mais falar com os governadores do Piauí, de tão importantes que eles estão. O atual, foi também um grande governador enquanto se comportou cauteloso como o Joqueira e esta é a causa dele ter sido eleito três vezes. O Joqueira, nunca foi eleito governador e neste tempo não havia a reeleição e ele já era velho. Mas dificilmente haverá um governador tão bom quanto ele pois, além de confiar no rábula Luiz Barbosa de Miranda, meu pai, o qual nunca quis e nunca pediu cargos (poderia tê-los tido até sem pedir, pois foi voluntário na segunda Guerra Mundial), nos dois anos de seu governo, foram construídas muitas obras estruturantes do Piauí, entre as quais a UFPI e a Barragem de Boa Esperança. Eu ficaria muito feliz se um estudante de história localizasse meu prontuário médico e a partir da data, localizasse no Palácio de Karnak os documentos que meu pai analisou para o governador naquele dia. Esta é uma homenagem sincera que presto a um dos maiores homens públicos da história do Piauí, e que deve estar no céu, pelo conjunto da obra maravilhosa que ele fez.
OBSERVAÇÃO. Peço desculpas à família pela expressão semianalfabeto, citada por meu pai com muito carinho e máximo respeito, inclusive porque eram amigos de verdade, visto que Joqueira confiava nele, que não tinha nem o ginásio naquele momento. Creio que meu pai queria dizer que eu devia estudar, fazer algum curso, mesmo que eu não me formasse. Notem, no Piauí não havia universidades ainda e pessoas de origem humilde como Joqueira e meu pai não tinham como se formar. Meu pai terminou o ginásio depois dos cinquenta, bem como o antigo científico, chegando até a fazer vestibular, quando passou a morar em Campo Maior. Mas a concorrência era pesada demais. Lembro que também questionei o meu pai sobre o jeito errado do Joqueira escrever o próprio nome (levei a sério o "semianalfabeto"!). Mas aí meu pai disse que o nome dele estava certo e que o apóstrofo era o estilo antigo, pois o Joqueira era velho.
SÉRGIO MORO E O FILME DA LAVA-JATO
Estive preocupado com Moro em relação ao filme sobre a Lava-Jato. Mas acabo de ver, pela tentativa de entrevista que quiseram fazer com ele, que ele, de forma sistemática, não vai dar corda alguma, não vai fazer comentário algum sobre o filme ou ter qualquer tipo de envolvimento com o filme. Foi assistir para ver, inclusive, se os cineastas têm fatos novos. E foi-se embora para casa, cuidar de seu serviço (https://www.youtube.com/watch?v=ljhgIlnBlLU).
DE GIRALDO A MORO, OS HERÓIS SÃO OS MORTOS
http://www.evora-portugal.com/Attractions/praca-do-giraldo-evora.html
GIRALDO E OS MORTOS
Em Floriano-Pi havia uma pequena biblioteca com livros diferenciados, a qual ficava na rua Defala Atem, na mesma rua onde morava meu avô José Barbosa de Miranda e sua esposa, dona Domingas Pereira de Miranda. Nesta biblioteca eu li uma biografia de Keppler, o grande matemático da mecânica celeste. Em certo trecho o mercenário pai de Keppler era esculhambado pela mulher que se queixava dizendo que colegas dela haviam ido como convidadas de honra para as comemorações pela vitória na batalha da qual ele havia recentemente participado. E aí ele disse: graças a Deus você não foi, senão eu estaria morto. Recentemente fui a Évora apresentar um trabalho. E lá, as rua radiais sempre convergem para a Praça do Giraldo. Como eu estive muito ocupado com o Templo de Évora e o tempo foi curto demais, e eu estive sem internet, só em Teresina tive tempo de saber que a Praça do Giraldo é uma homenagem a Geraldo sem Pavor, o grande mártir luso, um dos responsáveis diretos pela criação de Portugal. Na Europa eles têm o hábito de glorificar publicamente apenas os mártires e os já falecidos. Quando vi aquele filme que fizeram para o Lula ser distribuído Brasil afora fiquei preocupado. E de certa forma o PT deu corda. Uma coisa é fazer o registro de algo feito por alguém vivo, outra bem mais abrangente e que requer muito mais responsabilidade, é glorificar alguém vivo. Eu jamais aceitarei que ponham meu nome em algum ente público, a menos que eu adquira doença terminal.
O FILME DA LAVA-JATO
Estive preocupado com Moro em relação ao filme sobre a Lava-Jato. Mas acabo de ver, pela tentativa de entrevista que quiseram fazer com ele, que ele, de forma sistemática, não vai dar corda alguma, não vai fazer comentário algum sobre o filme ou ter qualquer tipo de envolvimento com o filme. Foi assistir para ver, inclusive, se os cineastas têm fatos novos. E foi-se embora para casa, cuidar de seu serviço (https://www.youtube.com/watch?v=ljhgIlnBlLU).
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