terça-feira, 18 de março de 2014

Guerra ou Paz?

putin
Putin, assinando a integração da Criméia à Rússia (http://portuguese.ruvr.ru/2014_03_18/acompanha-discurso-de-vladimir-putin-ao-vivo-4554/).
















Esta é a situação expressa pelos russos através de seu presidente. Uma clara situação de não retorno. Não cedem mais um palmo, sem dissensão. A situação, conforme disse o maior diplomata do século XX para os bons entendedores, é muito mais grave do que se pensa. Creio que é chegado o momento da ponderação (Veja http://publikationen.ub.uni-frankfurt.de/frontdoor/index/index/docId/24907). 
 
É hora de filosofar e ler o livro "Guerra e Paz", cujo autor, por ironia do destino e glória da Humanidade, é León Tolstói, o mais famoso  dos prudentes russos da Criméia.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Mais médicos cubanos

Abanderan al último grupo de médicos cubanos que completará la presencia en Brasil de 11430 galenos de la Isla
Foto: Jorge Luis González <http://www.granma.cu/cuba/2014-03-17/con-batas-blancas-por-un-mundo-mejor>.

Eles têm uma quantidade grande de médicos, e/ou pequena de doentes. Se fossem um exército de soldados, poderiam até fazer o bem, mas sempre haveria espaço para questionamentos. Sendo médicos, fica impossível ficar contra de modo explícito e justo. É um "exército" que não precisa ganhar guerra. E nem pode perdê-las. Medicina sempre foi a mais humana das profissões. A foto é linda, e o Brasil é complexo.

domingo, 16 de março de 2014

Criméia Volta a ser da Rússia




Pronto, acabou o referendo. Com um placar que as bocas de urna dão em torno de 93% em favor da Rússia. Questionar a legalidade é coisa desnecessária, pois estava já na cara que a maioria da população, que é russa, votaria em favor da Rússia. Os que poderiam ser contra, os tártaros e os poucos ucranianos da região, não votaram. Quanto à decisão dos tártaros, foi uma sábia decisão. Afinal, esta briga não é deles e eles, coitados, só têm a perder, e muito (talvez as vidas), se ficarem do lado "R" ou do lado "U", caso ocorra alguma guerra. O mais perigoso de tudo isto é que Putin já não é dono da situação. O velho Império Russo acaba de voltar à tona. De fato, Putin não pode mais voltar atrás, tem que continuar a corrida, porque a Rússia vem atrás dele e, se ele não correr, será pisoteado. Não pode mais dizer, como costumam fazer alguns políticos brasileiros: eu não sabia! Está com a popularidade elevadísima, pois usou a vaidade nacional. Mas agora, também, é escravo dela. Rezo para que Obama também não entre no caminho do "não retorno".



sábado, 15 de março de 2014

Faltam os "kissingers"



Henry Kissinger, o mais bem sucedido diplomata
estadunidense do Século XX.

Veja só o tamanho da novidade:

"Neste sábado, a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que pedia que os países não reconhecessem o resultado do referendo deste domingo. A resolução, elaborada pelos Estados Unidos, foi derrotada por treze votos contra um, com abstenção da China (http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/soldados-russos-tomam-usina-de-gas-na-ucrania#galeria).

Ou será que alguém escreveu algo errado? Treze contra um? E os chineses ainda puderam tirar a famosa "onda de bons moços"!? Só mesmo uma coleção desenfreada de erros diplomáticos justificam um placar destes. Está na hora de ajeitar a casa, chamar os universitários, gente do tipo Henry Kissinger.
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ADENDO: Achei este placar sem sentido. Acabo de ler um noticiário português que traz uma versão que explica melhor o ocorrido.

Rússia vetou resolução da ONU a denunciar referendo na Crimeia

A Rússia vetou hoje uma resolução a denunciar o referendo a ter lugar domingo na Crimeia enquanto a China se absteve, durante a votação no conselho de segurança das Nações Unidas.

O projeto de resolução apresentado pelos EUA teve 13 votos a favor, mas foi rejeitado.
A resolução destinava-se a defender a integridade territorial da Crimeia não reconhecendo o referendo.
Como membro permanente do Conselho, a Rússia pode bloquear qualquer posição deste organismo.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Ucrânia e o problema das minorias

Quando os conflitos violentos se instalam, os primeiros grupos vitimados são as minorias militarmente desarmadas. Os judeus começam a se preocupar na Ucrânia (http://portuguese.ruvr.ru/2014_03_13/chefe-do-congresso-judaico-europeu-fenomeno-ucraniano-e-muito-perigoso-8681/). Hoje, temos a notícia de que um importante líder de organização judaica foi atacado e espancado (http://www.jta.org/2014/03/14/news-opinion/world/kiev-rabbi-assaulted-in-suspected-anti-semitic-attack). Isto constitui uma péssima notícia, pois é um claro sinal de que a Ucrânia está à beira do descontrole e, os grupos intolerantes, ativos.

terça-feira, 4 de março de 2014

Marshall Conway: Só agora... E os outros?

Photo: Photo from <em>Marshall Law: The Life & Times of a Baltimore Black Panther</em>, License: N/A

Quarenta longos anos preso, jurando inocência e pedindo justiça. Marshall "Eddie" Conway, militante dos famosos Panteras Negras, foi libertado nos EUA. Descobriram que ele pode ter sido vítima de uma armação. Há 40 anos, estava condenado a prisão perpétua (http://www.foxbaltimore.com/news/features/top-stories/stories/former-baltimore-black-panther-leader-released-prison-25991.shtml#.UxbLidK-qGY). Como dizia o negro poeta Dorival, "vida de nêgo é difícil, é difícil como que..."

A Invsão da Ucrânia

No programa da Globo News, um comentarista político manifestava surpresa pelo fato de o Governo dos EUA ter tido uma reação muito cautelosa em relação à invasão da Ucrânia por parte da Rússia. As pessoas fazem mistificações porque querem, mas a explicação é muito simples: de onde os EUA jogar mísseis, mísseis virão imediatamente em sentido contrário. Se alguma cidade russa for alvejada, outra dos EUA também será. E ambas as partes sabem disso. É o que por falta de melhor nome, chama-se guerra fria. O resultado final desta pendenga, creio, será a seguinte: farão uma conferência numa belíssima praia, e criarão uma Ucrânia um pouco menor e uma Criméia um pouquinho maior. Odessa será a nova Berlin oriental em relação às intrigas palacianas e espionagens. Os aliados ocidentais terão pouco a reclamar, pois terão empurrado a pressão um pouco mais para perto da Rússia - quanto mais próximo de Moscou, melhor!. Putin aumentará sua popularidade e os russos controlarão de vez os mares de Azov e Negro juntamente com a Turquia, a qual tudo fará para continuar sendo a eterna controladora da passagem para o Mediterrâneo. A coitada da Ucrânia, se ainda não teve sossego, continuará sem saber o que é isso. A China, que já teve tantos problemas com os EUA em relação ao Tibet, Taiwan e outros casos (quem não se lembra do recente caso do heroico piloto de caça chinês que sacrificou-se para "capturar vivo", o avião espião americano?), fica na obrigação de não se posicionar contra a Rússia. Se a Europa entrar na canoa furada de guerrear contra a Rússia na Ucrânia, só ela será sacrificada, pois o jogo econômico favorece apenas aos EUA, que está bem longe da confusão, e à própria Rússia, a qual é exportadora de petróleo e gás e tem estrutura de guerra montada.