Os resultados das urnas não foram agradáveis para mim. No entanto, se me perguntarem se perdi a eleição, direi sem errar: não perdi nem ganhei, apenas a comunidade quis que eu continuasse a ter apenas a pretensão de correção, tanto para a nova eleição do segundo turno quanto para a próxima administração. Para o segundo turno, a correção que apresentamos é conforme segue.
Conforme disse em Urucui, o Professor Darley não seria vencedor sem proposta democrática. O segundo turno é momento para os candidatos (todos!) adequarem as suas propostas aos anseios da comunidade. Deve ser um salto qualitativo, conforme diz Hegel. Inclusive, os que não mudam suas propostas no sentido da democracia é que mostram intransigência e intolerância. O Professor Darley, para poder conseguir a adesão que lhe dará a vitória, deverá cobrir a proposta do Professor Paulo Henrique o mais rápido possível. Com isto, poderá até ter o apoio do pessoal do sindicato, o qual poderia eleger o Professor Ezequias com apoio do Professor Darley. Também poderia conseguir apoio do Professor Brandim, o qual já se comprometeu em apoiar as propostas mais democráticas. Além disso, o Professor Brandim, o fato novo desta eleição fora a correção do processo, precisa manter seu grupo coeso para as eleições gerais que se aproximam.
O Professor Paulo Henrique já usou todos os cartuchos que tinha nesta eleição, e agora se vê obrigado a gastar a última bala: terá que propor eleições gerais para todos os cargos comissionados e gratificados do IFPI se quiser ter apoio do pessoal do sindicato, do Brandim e dos outros dois candidatos, Reis e Lossian, os quais tiveram poucos votos mas poderão decidir a eleição, visto que apenas participaram dos debates e nada além disso. E estes debates não foram vistos por ninguém, além dos apoiadores diretos dos candidatos. Mas serão vistos agora pelos alunos, que terão uma participação muito maior neste segundo turno. Além disso, esta eleição será tão acirrada, que corre o risco de ser decidida por um único voto de aluno. Outro panorama seria Darley e Paulo Henrique fazerem um acordo. Mas quem cederia? Não, esta regra está fora desse jogo. Em Corrente-PI fui preciso, fui matemático, e como tal, poucos me entenderam. Mas agora explico: Equilíbrio de Nash é atingido quando cada jogador passa a fazer o melhor lance para si mesmo. O panorama que acima apresentei é o equilíbrio de Nash e, felizmente, ele conduz à democracia. Fora isto, não vejo outro panorama dentro das atitudes republicanas, dentro do jogo democrático (tentar atitudes não republicanas dentro do contexto atual é perigoso demais!).
Com relação à pretensão de correção, sempre imbutida em nossas propostas, o que digo é que está tudo gravado e qualquer reitor eleito que não cumprir a sua promessa democrática terá sérios problemas, pois será denunciado a todos os órgãos competentes e será feito forte movimento contrário a qualquer estelionato eleitoral.
Lossian Barbosa Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br.