Há poucos minutos estava eu comendo um yakisoba na rodoviária nova de Taubaté. A cozinheira vendedora, chinesa nascida na China e, o filho dela, brasileiro falador do "né" em Taubaté. Eu, altamente falador de "né", no Piauí. Pesquisando sobre esta cidade paulista soube que Mem de Sá ordenou a descoberta de Taubaté com bússola sempre fazendo noventa graus com a direção da viagem (para poderem ir e voltar bem, como os chineses!). Essa empreitada fez de Taubaté o polo da colonização do interior do Brasil, permitindo ao bandeirante paulista Domingos Jorge Velho chegar ao Pyaugohy na segunda metade do século XVII, quando nos estados separados do Brasil e do Maranhão se falava o galego, também. E o que é que o né tem a ver com isso? Ora, os índios não entendiam bem o que os portugueses falavam e sempre estavam a pedir uma confirmação de frases pouco entendidas, "né"? Gente, no galego, "não é" é "non é". Esse último, falado ligeirinho, fazia com que os índios entendessem foneticamente como "né". E o "né", pegou, para valer, "né"?
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