Embaixador chinês e a prisão de Roberto Jefferson.

Embaixador é como juiz de futebol.  É personagem central de grande importância, mas não pode aparecer muito.  Desde ontem os jornais falam no embaixador chinês que comemorou a prisão do Roberto Jefferson. Por mais que o embaixador tenha estudado o Brasil, ele jamais compreenderá mais do que 80% deste presidente do PTB. Mas porque ele fez o que fez? Nunca vi coisa parecida no Brasil, onde os embaixadores geralmente são muito discretos. A esta hora o PCC já pode estar a analisar o caso. Afinal, o Jefferson é presidente do PTB, um dos mais antigos partidos trabalhistas brasileiros. Não entra na minha cabeça que tenha sido atitude muito bem pensada, deliberada. Nunca fui diplomata, não faço a menor idéia de como funciona essa profissão.  Mas sou humano e sei como funciona a euforia.  

A prisão preventiva de Roberto Jefferson

Li há pouco que o Roberto Jefferson foi preso em prisão preventiva. Na reportagem não é explicado o crime. Dizem que teria sido por ataque à democracia. Mas sobre o ataque criminoso, não vi esclarecimentos. É  importante que os meios de comunicação profissionais digam o dia, a hora, o lugar, as ações praticadas e as circunstâncias, bem como as demais pessoas envolvidas nesse suposto crime do Roberto Jefferson.  Caso contrário, brevemente ele poderá se tornar um mártir, mormente se ele, um idoso doente vier a falecer por consequência da prisão. 

Joice Hasselmann

Qual será o próximo assunto? Eu penso que o caso Joice Hasselmann vai voltar.  Pois ainda não ficou esclarecido nem mesmo para ela.

Voto auditável vai esperar o Senado

O Governo tem ampla maioria na Câmara. Porém, não suficientemente grande para eleger propostas polarizadas, isto é, propostas nas quais os partidos se dispõem radicalmente contra ou a favor do Governo. Esse procedimento de liderança infelizmente anula o deputado individual. Isso não é bom, pois é monopolizador. De agora pra frente,  PECs não serão aprovadas. Mas as leis serão, haverá o rolo compressor. Ainda existe a esperança de a proposta passar no Senado. 

Quiseram encher o saco e conseguiram, mas só o trompetista "roubou a cena"

O evento ocorre desde 1988, há exatos 33 redondos anos, sendo interno, das forças armadas. Não tem nada a ver com Congresso Nacional. Superdimensionaram, para encher o saco dos militares e do Presidente. Ganhou as ruas, virou evento da esfera pública habermasiana. Mas graças a Nosso Senhor do Bom Fim, teve bom final. Do PT, pra valer, só o trompetista apareceu (PT quase não mobiliza mais ninguém!). Mas nada houve de ruim com ele, só perdeu o trompete, dizem. Eu acredito que a própria PM, se ele provar que houve culpa exclusiva dos policiais, pode ressarcir. De agora em diante ele terá boa amizade com os músicos da PM do DF, pois terão história em comum. E venceu a Democracia, a lei e a disciplina!

VIVA O BRASIL, ABAIXO OS QUE QUEREM FAZER TEMPESTADE EM COPO D’ÁGUA E COLOCAR BRASILEIROS CONTRA BRASILEIROS!

Fux não foi e o trompetista "roubou a cena"

O tal trompetista tentou imitar o chinês que "parou o tanque" na praça da paz celestial há redondos 30 anos. O trompetista não conseguiu o seu intento, inclusive porque não tinha o mesmo ânimo do chinês. Também se mostrou muito previsível, pois foi a PM do DF, que estava ao lado, a força de segurança que o pegou. O levaram para a delegacia mais próxima e em seguida o liberaram (perfeição de abordagem policial!). O evento que o trompetista tentou atrapalhar é um evento usual, realizado há 33 anos (idade de Cristo!), e que não tem nada a ver com Câmara dos Deputados. Mas a oposição misturou as coisas, fazendo veladas acusações de que o Governo estaria fazendo pressão. Nada a ver! A caravana passou normalmente, salvo este trompetista, um dos poucos ainda dispostos a defender, inclusive com o sacrifício de seu trompete, o partido associado aos propineiros do Mensalão e da Lava-Jato. Parabéns ao Exército Brasileiro (em sentido lato!), ao seu Comandante e ao trompetista. Este, ajudou a mostrar que o país é, sim, democrático. Diante da situação forçada por partes da Imprensa e do Congresso Nacional, o evento ficou superdimensionado e Bolsonaro foi obrigado a fazer o convite às pressas (o evento era interno, do Poder Executivo, da Marinha, mas transbordou para a Esfera Pública Habermasiana!). Em face da leitura histórica (e não, política e de segurança!) que sempre tenho feito, eu acreditava que Fux iria. Mas ele priorizou outros fatores que julgou mais convenientes, em concordância com a decisão anterior de suspensão da reunião entre os Poderes. A caravana militar ocorreu normalmente, provando que uma coisa nada tinha a ver com a outra. 

Adendo: estou em dúvida se Bolsonaro fez convite às pressas, em face de reportagem recente que vi há pouco na Globo.

As Forças Armadas serão recepcionadas por todos

BATALHA DOS GUARARAPES

Quadro de Victor Meireles

Em conformidade com o Jornal Nacional, o desfile dos carros do Ministério da Defesa já estaria marcado antes da marcação da votação do voto auditável. Parece que mal intencionados querem fazer tempestade em copo d'agua. Os carros blindados vêm do Rio de Janeiro e, obrigatoriamente, passarão por Brasília. É coisa tradicional, feita há anos. As forças militares merecem respeito de todos nós. Bolsonaro fez bem em convidar os demais chefes de poderes e eliminar qualquer mal entendido, conforme segue: 

 "Sr. Presidente do ... STF, Câmara Federal, Senado, TCU, TSE, STJ, TST, Deputados, Senadores : Como ocorre desde 1988, a nossa Marinha realiza exercícios em Formosa/GO. Como a tropa vem do Rio, Brasília é passagem obrigatória. Muito me honraria sua presença amanhã na Presidência (08h30), onde receberei os cumprimentos da Força e lhes desejarei boa sorte na missão", diz o texto em que Bolsonaro destaca que é "Chefe Supremo das Forças Armadas." (https://extra.globo.com/noticias/brasil/apos-criticas-bolsonaro-convida-chefes-do-judiciario-do-congresso-para-ver-desfile-de-blindados-25148518.html). 

Desde a Batalha dos Guararapes, as Forças Armadas têm sido fator de União Nacional. Nenhuma das autoridades deixará de participar deste momento.