O seu amor
Reluz
Que nem riqueza
Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo
Bem devagar...
Reluz
Que nem riqueza
Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo
Bem devagar...
Djavan
Blogueiro não é repórter,
pois não tem compromisso apenas com a notícia e a verdade. Blogueiro, quando
muito competente, também pode ser repórter, e o Brasil está cheio deles. O
repórter dentro de sua atividade, busca saber objetivamente, em relação aos
fatos, o que, quem, quando, onde, como e porque. O blogueiro tem um compromisso
menos trabalhoso. Mas em compensação, lida muito com a conexão existente entre
a verdade objetiva do fato e o seu próprio subjetivismo. Para ele, enquanto,
formador de opinião, existe sempre a indagação: para que? O repórter, quando
bom, nunca erra. Já o blogueiro, nem sempre. Lança opiniões e análises
objetivo-subjetivas dos fatos, as quais, muitas vezes não agradam. Vou dar um
exemplo a seguir.
Ontem ao meio
dia, num calor danado aqui na cidade de Teresina, ocorreu no salão de entrada
do palácio de Karnak o lançamento do 9º
Prêmio AMB de Jornalismo, nesta edição, em homenagem a Evandro Cavalcanti
Lins e Silva, grande parnaibano do século passado que dispensa comentários (http://pyaugohy.blogspot.com.br/2012/11/lancamento-do-9-premio-amb-de.html).
Dizem ter sido um evento, pelo menos em parte, organizado pelo Governo do Piauí,
que se fez representar pelo Secretário Wilson
Brandão. Quando lá cheguei estavam cantando o hino do Piauí, mas não eram os lá
presentes e sim, a gravação no serviço de som (parece que ninguém canta mais
hinos!). Se serviram alguma coisa antes, não sei. A mim, deram água. A comitiva
foi almoçar na casa da juíza de Parnaíba Loisima Schiess, a qual é da direção
da AMB.
Após os
discursos usuais da chamada “prata da casa” falaram alguns membros da comitiva vinda
do sul do país. Dentre estes, destaco o discurso de Henrique Nelson Calandra,
presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB, o qual foi
condecorado com a Comenda da Ordem Estadual
do Mérito Renascença, e o de Lucas Lins e Silva, ator e jornalista neto do grande homenageado. Foram
dois discursos improvisados, mas muito bem pensados. O de Nelson Calandra com o
“pensamento da razão e experiência”, enaltecendo o momento presente do Judiciário Brasileiro e manifestando plena confiança no futuro da magistratura
como meio de construção da justiça social. Foi também uma declaração de amor e de respeito pelo Piauí, pois quando se referiu a Evandro e Silva, a mensagem foi
mais ou menos a seguinte: Evandro (ele era íntimo, penso!) sai do Piauí e, num novo bandeirantismo, redescobre o Brasil através
da busca pela democracia e justiça social. O discurso de Lucas Lins e Silva foi
com o “pensamento da emoção e da vivência”. Falou do avô e, de repente, dizendo
que não era do ramo jurídico, quase chorando, manifestou preocupação com o
Supremo Tribunal Federal – STF, afirmando que gostaria que o avô fosse vivo
para poder ajudar o STF. A impressão que
temos é a de que o bandeirantismo de Evandro ainda dará muitos frutos, pois as
flores continuam desabrochando e, agora, com pétalas bastante frondosas.
Lossian Barbosa
Bacelar Miranda.
lossian@oi.com.br
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